A Unidade Técnica da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Parintins que já havia suspendido o acesso aos benefícios previdenciários que os índios têm direito como: aposentadoria, auxílio doença, salário maternidade, pensão e bolsa família, agora suspendeu a expedição do Registro Administrativo de Nascimento de Indígena (RANI) e aguarda pela nova política do Governo Federal.
O servidor do órgão, Tomás Batista, que estava interinamente na direção da CTL, informou que a Coordenação Estadual da Funai mandou suspender temporariamente a expedição do Rani e de outras ações até que sejam definidos os rumos que o órgão vai tomar a partir desta terça-feira (12) quando haverá uma reunião em Manaus para discutir como a Funai vai atuar.
Desde o Decreto nº 7.056/2009, assinado pelo ex-presidente Lula que anunciava a reestruturação da FUNAI, mas que acabou levando a extinção da administração regional do órgão, cerca de 12 mil índios do Baixo Amazonas ficaram desassistidos, sem perspectivas e acumulando inúmeros problemas nas comunidades indígenas.
Voadeiras, carros e equipamentos de informática, refrigeração e escritório pertencentes à Coordenação Técnica da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) estão comprometidos pela ação do tempo e pela falta de recursos para manter suas manutenções.
Indígenas e servidores federais lamentam que o patrimônio público da CTL avaliado em quase R$ 120 mil continue se acabando. A Funai, que até então estava ligada ao Ministério da Justiça, passou para a tutela do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Fernando Cardoso | Repórter Parintins