Notícia do dia 28/12/2025
O 25º Festival de Pastorinhas de Parintins reuniu fé, devoção e tradição cultural na noite deste sábado (27), no Anfiteatro Sila Marçal. Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Amazonas, a manifestação protagonizou um dos momentos mais simbólicos do calendário natalino do município.
Realizado pela Prefeitura de Parintins, em parceria com a Associação Cultural das Pastorinhas de Parintins (ACPP), o festival reforçou o encontro de gerações e o fortalecimento de uma das mais importantes expressões da cultura popular local durante o período do Natal.
Nesta edição, participaram os cordões Filhas de Maria do Aninga, As Natalinas do Palmares, Filhas de Maria do Djard Vieira, Filhas de Maria do Parananema, Filhas de Maria do São Francisco, Filhas de Judá do Itaúna I e Filhas de Davi do Palmares. As apresentações foram marcadas por cantigas, versos dramatizados e coreografias que homenagearam o Menino Jesus, mantendo viva a tradição das pastorinhas.
Para o prefeito Mateus Assayag, o festival reafirma a importância do investimento cultural como política pública.
“Investir na cultura é investir no povo de Parintins, porque além de preservar nossas tradições, a cultura também gera emprego e renda, faz o dinheiro circular na cidade e melhora a vida das pessoas. Por isso seguimos fortalecendo eventos como o Festival de Pastorinhas, que movimentam a economia e valorizam o talento do nosso povo”, destacou.
A vice-prefeita Vanessa Gonçalves e a deputada estadual Mayra Dias também acompanharam a programação do festival.
A presidente da Associação Cultural das Pastorinhas, Mara Siderval, ressaltou a relevância histórica do evento.â¨
“A realização da 25ª edição do Festival de Pastorinhas é uma grande vitória para a cultura de Parintins. As pastorinhas seguem fortalecendo uma tradição que passa de geração em geração, promovendo inclusão social e levando às famílias uma mensagem de fé, cultura e identidade”, afirmou.
Entre os destaques da noite esteve Aristeia Matos da Silva, de 73 anos, integrante da Pastorinha Filhas de Maria do Aninga, que participa da tradição desde os seis anos de idade. Para ela, a pastorinha ultrapassa o tempo.
“Não importa a idade. O que importa é saber brincar, se divertir e valorizar a nossa cultura, que é a pastorinha, uma tradição que nunca deve acabar”, destacou.
A Pastorinha Filhas de Judá do Itaúna I contou, mais uma vez, com a participação de itens dos bois Caprichoso e Garantido. Neste ano, a Rainha do Folclore do Boi Caprichoso, Cleise Simas, participou representando a Diana.â¨
“As pastorinhas simbolizam o povo e a cultura de Parintins, e hoje estou aqui como Diana, nas cores vermelho e azul, que também representam o nosso Festival Folclórico, reforçando o amor que sentimos pela nossa tradição”, afirmou.
Prestigiando o evento, Dona Maria Rita destacou a valorização das pastorinhas dentro do festival.⨓Ver as pastorinhas fazendo parte de um festival hoje é algo muito bonito e importante para Parintins. Antigamente não existia esse espaço, e agora elas estão sendo valorizadas, mostrando que a nossa cultura vai além do boi e abraça outras tradições do nosso povo”, disse.
Presépio
O público também pôde apreciar o presépio confeccionado especialmente para o festival, assinado pelo Coletivo Ártrua, grupo de artistas estudantes de Parintins, projeto idealizado pelo artista visual e professor Miguel Carneiro Santos. Segundo ele, a proposta deste ano valorizou a simplicidade como expressão artística.â¨
“Neste ano, trouxemos uma proposta marcada pela simplicidade na decoração e por um toque de leveza na confecção do presépio. A preservação da arte e da cultura é fundamental para valorizar o artista e mostrar que a arte também está presente na simplicidade das pastorinhas”, explicou.
Miguel destacou ainda que o “convite da Prefeitura representa uma forma de valorizar os estudantes do projeto e transformar a iniciativa em uma ação concreta de arte e cultura para a cidade de Parintins”.
O Festival de Pastorinhas reafirma seu papel como espaço de preservação da identidade cultural de Parintins, promovendo fé, arte e tradição, além de fortalecer os laços comunitários e o sentimento de pertencimento do povo parintinense.
Texto: Bruna Karla - SECAT /SECOM
Fotos: Sidney Simas e Pedro Coelho
