Fotos: Michel Amazonas e Alexandre Vieira
Notícia do dia 28/06/2025
Com o Tema é Tempo de Retomada, o Boi-Bumbá Caprichoso apresentou na primeira noite de disputa diversas questões que precisam ser discutidas para que haja a verdadeira retomada .
A Lenda Amazônica Yurupari retratou a demonização do deus indígena pela colonização, especialmente, pela Igreja Católica. Na retomada da ancestralidade, a alegoria trouxe a Cunhã-Poranga Marciele Munduruku representando Ceuci, a mãe de Yurupari, na busca pela retomada dos saberes ancestrais dos Povos Indígenas.
O Momento Indígena Amyipaguana exaltou a figura feminina no item Tuxauas e clamou em defesa dos povos originários, clamando por demarcação das terras indígenas no país
Na Figura Típica Regional "Majés, Senhoras da Cura", o Caprichoso homenageou as mulheres da Amazônia que possuem o dom da cura. O momento contou com a participação de Edilson Santana e do grupo Suraras do Tapajós. Com uma toada que mescla ritmos amazônicos, a Rainha do Folclore Cleise Simas se apresentou encenando uma majé e depois tocando curimbó na apresentação aos jurados.
Ancestralidade Indígena
Retomando a ancestralidade indígena, o Caprichoso apresentou o momento "Mothokari, a fúria do sol", mostrando a necessidade de retomar os conhecimentos da populações tradicionais da Amazônia para a cura da terra. A Porta-Estandarte Marcela Marialva surgiu em um módulo de onça-pintada ressignificando o momento de cuidar do planeta.
No momento do Ritual indígena, o Caprichoso apresentou o Rito Tupinambá, com a apresentação do Manto Tupinambá do Novo Milênio, com direito a discursos de lideranças indígenas do Povo Tupinambá de Olivença, na Bahia. O pajé Erick Beltrão encerrou o ritual com sua apresentação aos jurados.
Problemas
O Boi Caprichoso apresentou problemas de montagem e desmontagem em duas alegorias, comprometendo o tempo de apresentação. O Caprichoso saiu da arena faltando quinze segundos para extrapolar o tempo máximo de apresentação - duas horas e meia.
