O governador em exercício, Tadeu de Souza, afirmou, nesta sexta-feira (1º/12), que somente um volume de investimentos sem precedentes na Amazônia, por parte de nações desenvolvidas e investidores privados, é capaz de consolidar a bioeconomia na região enquanto atividade de crescimento sustentável, fazendo frente aos impactos negativos provocados pelas mudanças climáticas em todo o mundo. A declaração foi feita durante a cerimônia de posse do novo corpo diretivo do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), no Teatro Amazonas
O governador em exercício exaltou a agenda Amazonas 2030, liderada pelo governador Wilson Lima aos debates da conferência global COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos e defendeu que é preciso haver uma "conscientização geopolítica" em torno do verdadeiro papel da Amazônia no impulsionamento da economia verde e inclusiva, o que demanda ações concretas e investimentos estrangeiros de grande porte.
"O que a gente precisa, realmente, hoje, para dar uma 'virada de chave', pensando o Amazonas e a região amazônica para os próximos 50 anos, é de uma 'explosão' de investimentos privados que valorizem toda essa engrenagem que nós temos disponíveis em relação à biotecnologia, bioeconomia, biofármacos, biomedicina e afins", afirmou Tadeu.
Bioeconomia e sustentabilidade
Para Tadeu de Souza, a bioeconomia amazônica tem potencial para despontar na economia nacional nas próximas décadas, equilibrando a preservação da floresta com o combate à pobreza.
"Tornar o ambiente amazônico com o seu potencial, seus ativos ambientais, a nova economia brasileira nos próximos 50 anos. Quem sabe até emparelhar com o que, hoje, é o agronegócio no Brasil. Isso seria suficiente para a gente fazer a proteção que o mundo exige que nós, gestores da bacia amazônica, façamos", analisou.
De acordo com o governador em exercício, o momento é de fazer coro ao discurso do governador Wilson Lima e cobrar a efetiva contrapartida de investidores estrangeiros pela proteção da floresta amazônica. "Potencializar os saberes amazônicos, transformá-los em patentes, sair do lugar comum do 'pires da filantropia' e se tornar um ambiente de investimento privado retornável, de alta capitalização e lucratividade", pontuou.
Nova direção do TCE
A conselheira Yara Lins dos Santos foi empossada, pela segunda vez, como presidente do TCE-AM. Única mulher do colegiado, Yara retorna ao comando da Corte de Contas para o biênio 2024-2025 após ter presidido o órgão há quatro anos.
Na ocasião, o governador em exercício Tadeu de Souza reafirmou o compromisso do Governo do Amazonas em trabalhar em conjunto com o TCE-AM e demais poderes em favor do pleno funcionamento da democracia e, sobretudo, do bem-estar da população amazonense.
"Esses processos cíclicos de sucessão são uma forma de aprimoramento da gestão pública. Meus parabéns à conselheira Yara Lins, que passa a presidir o Tribunal de Contas pela segunda vez. Meu reconhecimento, também, aos dirigentes que passaram o comando da Corte, liderados pelo conselheiro Érico Desterro. Todos têm uma biografia no serviço público que eleva o tribunal", disse o governador em exercício.
Tomaram posse, também, o conselheiro Fabian Barbosa na vice-presidência da Casa; o conselheiro Josué Cláudio, como Corregedor-Geral; o conselheiro Mario de Mello na Ouvidoria; e o conselheiro Júlio Pinheiro na direção da Escola de Contas Públicas do TCE-AM.