Ao completar 09 anos, desde quando foi denunciada a rede de pedofilia em Parintins, comandada por um homossexual, novos caminhos apontam que o cometimento de crimes sexuais e abusos contra crianças e adolescentes continuam ocorrendo na Ilha e estão novamente na mira do Ministério Público e da Polícia.
Segundo a promotora Lilian Nara Pinheiro de Almeida, da 2ª Promotoria de Justiça de Parintins (2ª PJP), um dos processos antigos da época está pendente de julgamento. O processo deve ter movimentação em breve e envolve políticos.
“Infelizmente a gente sabe que as pessoas buscam, principalmente quanto o maior poder aquisitivo se livrar dos processos, mas todos os processos que estão aqui pendentes de julgamentos estamos fazendo atuação”, declarou.
Parte do processo envolve militares, inclusive, a denúncia já foi formulada junto a Justiça Federal. Quanto a uma nova denúncia, a agente do MPE garantiu que ela existe e que já está em investigação, mas não pode revelar detalhes enquanto não for formalizada junto a Justiça.
“Atualmente temos alguma denúncia nesse sentido, mas ainda não posso repassar informações e detalhes. Estamos à disposição, se as pessoas tiverem algo para denunciar ou falar sobre quem quer que seja, eu não tenho vínculo político e afetivo com absolutamente ninguém que possa macular a minha atuação”, declarou.
O agenciamento de menores, por suposta rede de prostituição infantil e pedofilia abrange a comercialização, aliciamento, abuso e exploração sexual por algumas pessoas, inclusive, influentes da sociedade.
De acordo com a Lei Federal 12.015/09, que trata de crimes hediondos e corrupção de menores, manter relação sexual com adolescentes de até 14 anos é presumidamente um ato de violência, mesmo quando o sexo for consentido. A pena pode chegar a 15 anos de prisão.
Fernando Cardoso | Repórter Parintins