Estilos de danças ganham destaque em curso do Liceu Parintins

Estilos de danças ganham destaque em curso do Liceu Parintins Foto: Fernando Cardoso Notícia do dia 24/10/2018

A dança de Rua, Hip-Hop Dance, Breaking, Krampel, Pop, Look, Street Dance e outras danças urbanas é um conjunto de estilos de danças que possuem movimentos detalhados, algumas acompanhadas de expressão facial, com características fortes, sincronizados, coreografados, harmoniosos, rápidos, simétricos e assimétricos de pernas, braços, cabeça e ombros.

 

O instrutor e professor de danças urbanas, Pito Silva, explica que as músicas, independente do estilo têm a batida forte como principal característica.

 

“Antes do Liceu eu já desenvolvia um trabalho da cultura Hip-Hop, mais precisamente com o Break, hoje a gente tem um suporte do Liceu que fomenta e incentiva o desenvolvimento da cultura urbana dentro de Parintins que já tem uma tendência muito forte e ampliação de outros estilos desse movimento”, declarou.

 

Mais do que um estilo de dança, o movimento de danças urbanas ou danças de rua foi influenciado por vários ritmos, inclusive, sempre foi associada à cultura e a identidade negra.

 

O movimento que teve início basicamente na década de 70, se estendeu para outras manifestações culturais e artísticas, como a pintura, a poesia, o grafite e o visual (modo de se vestir, de andar, etc.), incrementando estilos como Disco, o Soul (ritmo de origem afro-americana), Hip-Hop, atualmente o Rap (ritmo e poesia), Dj”s e Mc’s e Street Dance.

   

Pito garante que o Breaking predominou em Parintins na década de 80 assegurando alguns títulos e resultados na categoria Breaking Dance.

 

“O Liceu está proporcionando através do curso de danças urbanas uma experimentação, um contato com outros estilos. Então hoje, toda aquela dificuldade que os adeptos do movimento Hip-Hop tinham foi minimizada pelo curso oferecido pelo Liceu por conta do espaço adequado que hoje a gente tem”, garantiu.

 

Alguns autores dividem as danças urbanas em dois tipos: o movimento cultural de rua) e a dança oriunda de academias e escolas de dança.

 

Em Parintins, não existem espaços adequados para esse tipo de movimento, diz o instrutor Pito Silva. “Em Parintins a gente sofria com essa necessidade de um espaço adequado e até mesmo as praças não oferecem 100% condições para desenvolver essa dança, mas hoje no Liceu temos uma sala adequada com acompanhamento pedagógico, direcionamento e o acompanhamento pelo núcleo de danças de Manaus”, explicou.

 

Pito revela que se tornou adepto da dança urbana desde os dois anos de idade e ao crescer disse que não tinha expectativa que o movimento iria ter uma propagação como atualmente vem acontecendo.

 

“Não tinha perspectiva de profissionalismo ou trabalhar especificamente com a dança, mas pude usufruir de todos os benefícios que a dança me proporcionou não somente na prática, mas cursar uma faculdade de artes, buscar conhecimento, incentiva e seguir bons caminhos”, declarou.

 

Através do Liceu, Pito quer socializar ainda mais o movimento e fazer com que as pessoas que ainda descriminam os ritmos da dança urbana e pregam discursos sobre as carências da população, os problemas econômicos, a violência nos bairros mais carentes, sem entender a dificuldade em geral da classe baixa, o qual através da música, ritmos e movimentos busca expressar suas dificuldades, suas necessidades de classe excluída.

 

“Eu pude contemplar benefícios que só a dança nos proporciona, hoje um deles é poder fazer essa parceria com o Liceu de Artes, unir forças para atuar e continuar o que a gente já fazia antes com um trabalho de socializar de um modo geral, dançar, trazer uma alegria, trazer uma paz e algo valoroso para a juventude”, comentou.

 

Pra quem deseja participar do curso de danças urbanas, Pito Silva, garante que ainda há algumas vagas. O candidato deve procurar o Liceu de Artes no Bumbódromo.

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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