Conselho Tutelar atua para combater evasão escolar em Parintins

Conselho Tutelar atua para combater evasão escolar em Parintins Foto: Marcondes Maciel Notícia do dia 24/10/2018

Mesmo com a aproximação do encerramento do ano letivo em 2018, a evasão escolar continua sendo motivo de preocupação para os gestores, professores e membros do Conselho Tutelar de Parintins, principalmente na área urbana, onde os estudantes sem motivos justificados estão se ausentando da sala de aula.

 

De acordo com o Conselheiro Tutelar, Marquinhos Azevedo, faltando aproximadamente cinquenta dias para o encerramento das aulas esse tipo de ocorrência está se tornando frequente.

 

Quase que semanalmente as escolas encaminham ofícios ao Conselho Tutelar comunicando que alguns estudantes não estão frequentando os estabelecimentos de ensino.

 

“Estamos preocupados com os documentos que estamos recebendo das escolas. A preocupação da escola é a mesma nossa como Conselho Tutelar. Estamos dando um alerta para os pais, porque eles que criam e convivem, então as escolas estão precisando dessa ajuda das famílias porque crianças e adolescentes não estão indo mais para a escola”, declarou.

 

Para garantir a proteção aos direitos de crianças e adolescentes no quesito educação, o Conselho Tutelar notifica ou vai até os pais dos estudantes para saber quais os motivos da infrequência escolar.

 

Marquinhos informou que os pais citando expõem várias alegações para que o filho não compareça à escola, uma delas é que o estudante sai de casa para ir à escola, mas desvia no caminho.

 

“Tem crianças e adolescentes que já tem mais de 150 faltas e os pais não as justificam. São várias as alegações dos pais, mas os estudantes estão com baixo rendimento escolar. Os pais têm que estar alerta pra isso, tem adolescentes que não estão se doando quatro horas para ser alguém na vida”, comentou.

 

A meta das escolas tem sido trabalhar e motivar a comunidade escolar para uma reflexão sobre a problemática da evasão e reduzir os índices de abandono da rede estadual e municipal, que é decrescente e gira em torno de 10%.

 

“As escolas já fizeram todo o procedimento de notificar, chamar e falar aos pais sobre a evasão escolar das crianças, mas não houve resultado, então os casos foram encaminhados para o Conselho Tutelar tomar as providências. As escolas esgotaram todos os recursos que tinham para trazer de volta a sala de aula os alunos faltosos”, declarou.

 

Algumas crianças já retornaram à sala de aula após os pais ficarem sabendo que podem responder por abandono intelectual dos filhos.

 

Em 2016, o Ministério Público promoveu uma audiência pública para debater a evasão escolar na rede pública de ensino no município parintinense. Alguns gestores chegaram a expor que a carga de responsabilidade dos pais estava recaindo sobre a escola, lamentando que alguns pais não compartilham com o papel dos educandários.

 

A negligência dos pais e inversão de valores são considerados os maiores responsáveis pelo abandono escola. Os educadores têm trabalhado de forma mais abrangente para minimizar a evasão escolar.                     

 

Fernando Cardoso | Especial RP

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