Cientistas sociais destacam derrota de políticos tradicionais

Cientistas sociais destacam derrota de políticos tradicionais Foto: Wilson Dias/Agência Brasil Notícia do dia 10/10/2018

O aumento da fragmentação partidária após as eleições do último domingo (7) exigirá esforço do próximo presidente da República para o novo governo ter sustentação no Congresso Nacional.

 

Como apontam cientistas políticos, a articulação passa por conseguir equacionar a agenda de trabalho com as demandas dos aliados que, conforme a história recente, querem partilhar poder e recursos para atender suas bases.

 

Conforme apurado pela Agência Brasil, a Câmara dos Deputados passará dos atuais 25 partidos representados para 30. No Senado Federal, o crescimento é de 15 a 20 legendas.

 

A eleição também implicou na renovação dos nomes da próxima legislatura. Das 54 vagas recentemente disputadas no Senado, 46 serão ocupadas por novos parlamentares. Na Câmara, são novos 52% dos nomes dos deputados, a maior taxa de mudança nos últimos 20 anos. 

 

O dado não contabiliza parentes eleitos e nem aqueles que trocaram de Casa legislativa ou que voltaram para o Congresso depois de pelo menos quatro anos ausentes

 

De acordo com o sociólogo e cientista político Bolívar Lamounier, com a votação “a fragmentação [do Parlamento] subiu para o espaço” e o Brasil “atingiu o índice mais alto do mundo com partidos representados no Parlamento”.

 

Na avaliação de Aldo Fornazieri, diretor Acadêmico da Escola de Sociologia e Política (São Paulo), a fragmentação é um indicativo que “qualquer que seja o eleito escolhido terá dificuldade para composições políticas. Não vai ter alinhamento automático. Ninguém conseguirá fazer uma grande bancada”.

 

“A alta fragmentação também deve condicionar os ritos das negociações, de modo a aumentar os custos para o Executivo”, acrescenta o sociólogo Pedro Célio Borges, da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG).

 

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