Acidentes de trânsito são registrados com mais frequência na ilha

Acidentes de trânsito são registrados com mais frequência na ilha Foto: Fernando Cardoso Notícia do dia 28/09/2018

Em média, três acidentes são registrados por dia em Parintins, de acordo com a frequência de atendimentos nos hospitais de Parintins. As maiores causas para o acontecimento de acidentes são: a embriaguez alcoólica, a alta velocidade e imprudências.

 

Dados do anuário da 3ª Companhia Independente de Bombeiros Militar de Parintins (3ª CIBM), referente ao período de janeiro a julho de 2018, apontam 101 acidentes de trânsito com vítimas lesionadas, algumas com situações de fraturas nos membros inferiores e superiores, além de traumatismo craniano.

 

Até o mês de agosto, 05 pessoas perderam a vida no trânsito da cidade, a última o artesão Gilberto Duque, atropelado por um carro na Rua Maçaranduba, Bairro Dejard Vieira.

 

O comandante da corporação, o Capitão Marimar Machado, diz que Parintins tem uma alta incidência de trânsito, com a estatística da 3ª CIBM sendo maior que os dados de acidentes de trânsito atendidos pelo Corpo de Bombeiros em Manaus.

 

“Em Manaus, quem atende as ocorrências que não seja necessária a retirada das vítimas de veículos é o SAMU. Em Parintins, todas as ocorrências são atendidas pelo Corpo de Bombeiro, independente da gravidade ou do tipo de acidente, então isso faz com que a nossa estatística de atendimento ao acidente de trânsito seja até maior do que em Manaus”, declarou.

 

Embora alguns casos de acidentes não sejam atribuição de atendimento por parte do Corpo de Bombeiros, as guarnições da 3ª CIBM atendem a maioria dos casos.

 

Somente neste mês de setembro já foram registrados mais de 24 acidentes de trânsito na cidade, mas os números ainda não foram computados.

 

A preocupação dos bombeiros militares é grande com as ocorrências de acidentes de trânsito que dia a dia deixam as vítimas com seqüelas e mutilações, as vezes levam ao óbito.

 

O alerta e a orientação, principalmente para os motociclistas é que evitem conduzir as motocicletas alcoolizados, em alta velocidade, com mais de três pessoas e imprudentemente.

 

Quanto o excesso de velocidade, o bombeiro militar avalia que é desnecessário os motociclistas ou motoristas desenvolverem velocidade acima de 60 quilômetros por hora, numa cidade que as vias públicas não permitem a alta velocidade, e para chegar nos locais mais longínquos da ilha, se gasta em média 10 minutos.

 

“Não precisa correr para não colocar a sua vida e a dos outros em risco. Muitos preferem usar a buzina dos veículos ao invés dos freios para diminuir a velocidade”, explanou.

 

A falta de atenção e o desconhecimento da Legislação de Trânsito contribuem para o acontecimento dos acidentes. As condições precárias das motocicletas (pneus carecas, sem piscas, sem retrovisores, farol apagado), entre outros, também são apontadas pelo militar como favorecimento de registros de acidentes de trânsito.

 

A alta velocidade, as manobras e ultrapassagens arriscadas, os avanços nos pontos sinalizados e semáforos, os condutores alcoolizados, o uso do celular, são as infrações comuns verificadas a cada 30 segundos nas ruas da cidade.

 

O Município e o Estado gastam altos valores com internações de pacientes que se envolvem em acidentes de trânsito, recursos que poderiam estar sendo aplicados em outros setores da saúde.

 

Fernando Cardoso | especial RP

Tags: