Delegado explica investigação que identificou falsos perfis no Facebook

Delegado explica investigação que identificou falsos perfis no Facebook Foto: Fernando Cardoso Notícia do dia 20/07/2018

O delegado Adilson Cunha, da 3º Distrito Integrado de Polícia de Parintins (3º DIP), em coletiva de imprensa elucida sobre o trabalho executado pelo delegado de Polícia Civil, Gesson Elíesio Aguiar de Souza, que identificou as URLs dos perfis de rede sociais (fakes), usados para o cometimento de crimes cibernéticos no Facebook, inclusive, o perfil “Tainá Xavier Melo”, muito conhecido pelos internautas por expor situações que afetaram seguimentos e pessoas.

 

O delegado Adilson Cunha ressaltou que as investigações iniciaram em fevereiro de 2017, após a vítima (Vanessa Geny Carneiro Gonçalves) formular denúncia no 3º DIP que vinha sofrendo crimes de injúrias, calúnias e difamações nas páginas do Facebook.

 

Em Parintins, foi feita uma linha de investigação e entregue a Delegacia Geral de Polícia Civil do Amazonas. “Foi solicitado a Justiça a quebra do sigilo telemático dos números de acordo com os dados que a gente tinha nas provas da vítima, a qual conseguiu printar algumas difamações e injúrias. Através desse material a delegacia interativa conseguiu chegar aos suspeitos na época, que agora já são investigados”, explicou.

 

No relatório do delegado Gesson Elíesio, de acordo com a quebra do sigiloso telemático os dados cadastrais e logs de registros (IP, data, hora e fuso horário) dos 10 últimos acessos dos perfis, foi identificado que a rede de telefonia usada na conexão foi da operadora Vivo.

 

 

A operadora foi oficiada pela Justiça e PC a identificar os titulares dos perfis, o qual encaminhou resposta identificando as pessoas que estavam por trás dos mesmos. Dois dos IPs de acesso do perfil “Carlito Gonçalves” tinham o número (92) 99111-0943, o qual foi confirmado por Cleumara Monte Verde Bentes, no auto de qualificação e interrogatório como sendo seu.

 

Ainda de acordo com o documento, grande parte dos IPs identificados pela Vivo foram relacionados aos números (92) 99322-0580 e (92) 99111-0943, ambos registrados no nome de Valber dos Santos Costa, que no interrogatório também confirmou que o número (92) 99111-0943 é de sua propriedade.

 

O relatório menciona que o número (92) 99111-0943 está relacionado ao IP de registro do perfil “Tainá Xavier Melo” e o número (92) 99111-0943 está relacionado ao IP de registro do perfil “Carlito Gonçalves”, colocando Valber Costa como responsável pela criação de ambos perfis.

 

Além de Cleumara e Valber, o delegado Adilson informou que existem mais quatro pessoas que utilizam perfis falsos (Fakes) para cometer os crimes, sendo um deles do Acre, Goiás e Mato Grosso. “Eles não são de Parintins e nem do Amazonas. Os seis utilizavam o mesmo fake. Só conseguimos ouvir os dois indiciados de Parintins”, explicou.

 

Quanto os demais suspeitos de outros estados, o delegado informou que eles estão para ser ouvidos. Segundo ele, foram emitidas cartas precatórias notificando-os. “Assim que eles forem ouvidos, de acordo com a análise do doutor Gesson que está à frente desse caso, ele vai indicia-las ou não. O caso já foi enviado a Justiça e já tem um processo”, comentou.

 

Adilson Cunha explicou que os dois acusados foram enquadrados em crime de injúria, difamação e falsa identidade. “Esses crimes são de poucas multas, mas normalmente a gente faz o Termo Circunstanciado de Ocorrência  (TCO) e envia para a Justiça, porém como há uma complexidade do caso, então esse TCO nos transformamos em inquéritos porque casos complexos dessa forma acredito que pela primeira em Parintins a gente tenha desvendado”, explicou.

 

A autoridade policial assegura que esse tipo de crime é recorrente nas redes sociais em Parintins, alertando que os usuários das redes sociais precisam pensar antes de cometer crimes cibernéticos utilizando fakes.

 

“Acredito que depois desse desvendamento e da descoberta desses autores, creio que cessa um pouco esse tipo de crime que é cometido por trás das redes sociais”, avaliou.

 

O delegado Adilson disse ainda que outras pessoas que possivelmente tenham sofrido o mesmo crime pelos dois perfis, se tiverem provas que foram vítimas podem representar judicialmente contra os seus autores.

 

Cunha ressalta que o delegado Gesson Eliélson ao observar e ler os depoimentos dos dois acusados, a autoridade policial entendeu por indiciá-los baseado na materialidade de provas que existem no processo e que apontam serem uns dos autores do crime cometido.

 

Gesson enquadrou Cleumara e Valber pela prática dos crimes previstos nos artigos 139, 140 e 317 do Código Penal Brasileiro (CPB). Em contato telefônico com Cleumara Monte Verde, a mesma reservou-se no direito de não comentar nada sobre o assunto, apenas informou que junto com o seu advogado já está tomando as medidas necessárias para assegurar a sua defesa. O site está à disposição do cidadão Valber Souza para qualquer manifestação.

 

Fernando Cardoso especial para o Repórter Parintins

 

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