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Notícia do dia 13/05/2018
A frequente onda de roubos e furtos que vem ocorrendo na cidade está amedrontando a população que não sabe mais a quem apelar para diminuir os casos, prender os infratores e ressarcir os prejuízos, coisa que nunca acontece.
Todos os dias em média são registrados de 02 a 03 roubos em via pública contra pedestres, tendo como principal alvo mulheres e pessoas idosas. Duplas de assaltantes ocupando motocicletas descaracterizadas utilizam a ousadia para cometer os crimes, inclusive, no horário diurno.
Armados com facas e revólveres os ladrões fazem as abordagens, ameaçam de morte as vítimas roubando aparelhos celulares, jóias e dinheiro. Existem casos que as vítimas foram supreendentemente abordadas em seus próprios veículos, em alguns casos estes foram roubados.
Estatísticas
As ocorrências de roubos e furtos que chegam ao conhecimento do 3º Distrito Integrado de Polícia Civil (3º DIP) e 11º Batalhão de Polícia Militar (11º BPM) apontam que esses tipos de crimes cresceram mais de 130% nos últimos quatro anos no município de Parintins.
Em 2015, por exemplo, a Delegacia de Polícia Civil registrou 1.091 furtos, 20 deles tentados e 312 roubos. Em 2016, esse número dobrou, sendo 2.086 furtos (91%), 60 tentados (200%) e 771 roubos (140,2%), ou seja, 995 furtos e 450 roubos há mais.
Pelos dados de 2016, mensalmente foram registrados 173 furtos na cidade, significando 5 furtos por dia. No caso de roubo, mês a mês a Polícia Civil registra 64 ocorrências, ou seja, 02 roubos por dia.
Em 2017, o número de furtos subiu (2.178), 42 tentados, enquanto o número de roubo caiu (553), destes 33 tentados. As guarnições do 11ºBatalhão de Polícia Militar de Parintins (11º BPM) apontam que de janeiro até os primeiros dias do mês de maio de 2018 apontam que as guarnições policiais já registraram mais de 250 ocorrências de furtos e cerca de 90 de roubos.
De acordo com investigadores da Polícia Civil e policiais militares, no caso de furto se for seguida as estatísticas, significa cerca 02 a 03 ocorrências por dia. O investigador Humberto Santos explica que ainda está fazendo o balanço dos casos no período de janeiro a maio desse ano.
Autoridades policiais explicam que o tráfico de drogas e o roubo são dois tipos penais que estão diretamente interligados no ponto de vista socioeconômico, existindo a necessidade da preocupação e a intervenção das instituições de segurança.
Estudos e dados apontam que normalmente quando uma pessoa caminha para o crime de roubo ou furto é porque o tráfico ou uso de entorpecentes está presente na vida, em muitas das vezes a própria localidade oportuniza o crescimento do tráfico e consequentemente o roubo porque não denúncia e algumas pessoas compram os objetos dos crimes.
Amedrontada com o aumento considerado no número de furtos e roubos, a população parintinense cobra dos órgãos de segurança mais ações punitivas para inibir e colocar atrás das grades os infratores que estão cometendo roubos, a maioria contra pessoas em via pública.
Sem estrutura, a polícia segue a teoria do gato e o rato ou enxugando gelo, ou seja, quando ocorrem as prisões de elementos considerados nocivos à sociedade logo em seguida são soltos, voltando a cometer os mesmos delitos, se vangloriando e tendo a noção que podem cometer crimes à vontade que vão para cadeia e logo retornarão para as ruas, chegando a pensar que podem enfrentar a polícia de igual pra igual.
Fernando Cardoso | Especial para o Repórter Parintins
