Seduc teria pressionado professores para não aderirem à paralisação

Seduc teria pressionado professores para não aderirem à paralisação Foto: Marcondes Maciel Notícia do dia 16/02/2018

Os professores presentes no ato público na manhã de sexta-feira, 16 de fevereiro, na Praça da Liberdade, onde reivindicavam do Governo do Estado o cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos trabalhadores da Secretaria de Estado da Educação do Amazonas (Seduc), denunciaram uma suposta pressão imposta pela coordenadora regional da Seduc em Parintins, Odnéa Garcia, para que os trabalhadores em educação não participassem da mobilização da categoria.

 

De acordo com o professor Carlos Magno de Camargo, na tarde de quinta-feira, 15 de fevereiro, véspera da paralização da categoria, a coordenação da Seduc reuniu com os gestores para informar que fosse repassado a todos os trabalhadores da Seduc em Parintins quem se ausentasse da escola para participar do movimento de paralisação teria o registro de falta e o desconto em seu contracheque.

 

A coordenação da Seduc teria se utilizado de grupos de WhatsApp administrados pelos gestores das escolas para enviar a recomendação aos professores.

 

“Foi colocado para eles (gestores) que o movimento era ilegal por que não tinha havido comunicado com vinte e quatro horas de antecedência. Acontece que esse movimento é um movimento espontâneo da base da categoria, não é um movimento organizado pelo sindicato”, informou Magno.

 

O professor disse que a assessoria jurídica do movimento vai tentar reverter a penalidade da falta e do desconto via judicial. Ele pontuou que o desconto do salário não acarreta somente a diferença salarial no final do mês, mas que incide sobre licença prêmio e na aposentadoria.

 

“Vamos entrar com recurso e estamos aqui para lutar, independente da pressão. Essa decisão acarreta em vários prejuízos para o funcionário, o que configura um assédio moral, por conta da Seduc pressionar o professor a não exercer o seu direito de reivindicação. Nós não aceitamos isso, estamos aqui para lutar e não temos medo das consequências do movimento”, afirmou o professor Magno.

 

Seduc Parintins

A reportagem procurou a coordenadora da Seduc em Parintins, Odnéa Garcia, na manhã de sexta-feira, para saber o posicionamento sobra a paralização, porém foi informada que a mesma estava percorrendo as escolas para acompanhar o início do ano letivo. As ligações no telefone da coordenadora chamavam e eram direcionadas para a caixa de mensagem.

 

Marcondes Maciel | Repórter Parintins

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