Professores cobram participação de vereadores na mobilização da categoria

Professores cobram participação de vereadores na mobilização da categoria Foto: Marcondes Maciel Notícia do dia 16/02/2018

Os integrantes de mobilização dos professores da rede estadual de educação em Parintins cobraram um posicionamento e apoio dos vereadores da Câmara Municipal de Parintins para a reivindicação da categoria quanto ao descaso do Governo do Estado em não cumprir o estabelecido no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos trabalhadores da Secretaria de Estado da Educação do Amazonas (Seduc).

 

Os vereadores foram citados em discursos dos professores durante o ato público que aconteceu na manhã de sexta-feira, 16 de fevereiro, na Praça da Liberdade, centro do município.

 

As perdas dos profissionais do magistério são quanto ao não reajuste salarial de 30% longo de quatro, o reajuste do vale-alimentação, progressão por tempo de serviço e titularidade, além transparência na aplicação dos recursos do Fundeb.

 

O professor Rooney Barros, lamentou a ausência de alguma manifestação por parte dos vereadores com relação ao movimento dos professores da rede estadual.

 

“Era o momento de um vereador chegar aqui e abraçar a nossa causa ou pelo menos dizer: olha, nós vamos colocar isto em discussão na Câmara Municipal. O vereador deve está a serviço do povo. Você não vê um vereador aqui”, lamentou.

 

O professor Rooney pontuou que ao se omitirem com as causas dos professores os vereadores cometem um desrespeito com categoria.

 

“Então, eles (vereadores) não nos respeitam. Esta Câmara Municipal que está ai não está nos respeitando. Nós gostaríamos muito que eles viessem aqui e demonstrassem o seu respeito pelo servidor público. Nós somos professores, servidores, vigias, merendeiras, segurança, administrativos dos filhos deles. Eles precisam ver isso”, frisou.

 

Rooney cobrou um posicionamento principalmente do presidente da Câmara, Maildson Fonseca (PSDB) por ser professor.

 

“Eles estão na Câmara Municipal hoje, mas daqui a pouco eles podem está aqui nas ruas e muitos deles são professores, inclusive o presidente de nossa Câmara. Ele é um professor e deveria mostrar pra cá um representante que viesse dizer: olha a Câmara Municipal está junto, está ouvindo as reivindicações de vocês”, acentuou.

 

O coordenador jurídico do movimento e professor João Cabral Mourão em seu pronunciamento ressaltou a falta de interesse dos políticos em geral, mas principalmente dos vereadores da Câmara Municipal com as causas dos professores.

 

“A nossa categoria é vista como uma das últimas categorias. Querem ver uma coisa: se a gente fizer uma greve e ficar o ano inteiro, provavelmente nenhum governante, nenhum político aqui da Câmara ou da Prefeitura virá aqui conversar com a gente. Não interessa pra eles. Quanto menos informação e conhecimento ao povo, melhor pra eles. Mas deixa o pessoal da arrecadação parar, anunciar que vai parar que na hora eles atendem todas as reivindicações”, afirmou o advogado.

 

O vereador Paulo Linhares (PEN), em contato com a reportagem disse que se coloca a disposição dos professores para defender os direitos assegurados por lei. Linhares, que é presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, ressaltou que tomou conhecimento do ato público da categoria no final da manhã e por esse motivo não participou na mobilização. Ele assegurou que estará no buzinaço dos professores que será realizado na tarde desta sexta-feira, 16 de fevereiro, na Praça da Liberdade, a partir das 16h.

 

Linhares assegurou que no retorno dos trabalhos da CMP na próxima segunda-feira, vai cobrar do Governdo do Estado uma solução para a defasagem salarial dos professores.

 

As ligações da reportagem ao vereador Maildson Fonseca foram direcionadas para caixa de mensagem.

 

Marcondes Maciel | Repórter Parintins

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