O ex-chefe da Casa Civil, Sidney Leite (Pros), que era o “supersecretário” do governo Amazonino Mendes (PDT) e saiu sob forte reclamação de aliados, ao ser questionado pelo BNC se será governo, independente ou oposição, respondeu: “Vou estar onde sempre estive: defendendo o direito da população”, disse.
Sem bajulação
Sidney Leite não compôs o grupo de deputados que fez questão de esperar o governador do lado de fora da ALE-AM onde Amazonino fez a revista à tropa e foi recepcionado pela banda da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM). “Tinha umas coisas para resolver no gabinete”, disse.
Mina
Político experiente e com maior capacidade de argumentação, Sidney Leite pode reforçar a frágil base aliada de Amazonino Mendes. Fontes da coluna informaram que, nos bastidores, ele andou criticando a atual liderança do governo na Casa.
Fechados
Incensado por aliados para ampliar sua visibilidade na liderança, o deputado Vicente Lopes (MDB), que se destacou na atuação da defesa do Governo no final do ano passado, evita tomar a frente do deputado Dermilson Chagas (PEN), que o apoiou para a função de líder da maioria. Amazonino Mendes já teria conversado com os dois e pedido que permaneçam na mesma dobradinha junto com o Belarmino Lins, o “mais experiente” da turma.
Solenidade
O governador Amazonino Mendes teve que abrir mão da pompa solene que foi organizada na entrada pelo térreo da ALE-AM com longo tapete vermelho, tratamento que ele não recebeu quando tomou posse em função da guerra judicial que travou com o poder legislativo para assumir o governo.
No subsolo, Amazonino teve um pedaço de tapete vermelho e os demais atos militares, mas não foi recepcionado pelo presidente da ALE-AM, David Almeida (PSD), como é praxe deste tipo de evento.
No nome
Além do tiroteio nos discursos, David Almeida e Amazonino Mendes evitaram falar o nome um do outros. Durante suas falas se chamaram pelo cargo.
Segurança
Impressionou, para quem acompanhou a leitura da mensagem na ALE-AM, nesta quarta-feira, a tensão e a preocupação com a segurança. Havia muitos policiais e seguranças fardados e à paisana em todos os locais.
Pelos corredores, o comentário era que o fantasma da chuva de notas falsas sobre a cabeça do ex-governador José Melo (Pros) ainda atormenta os militares que falharam na ocasião.
Marqueteiro
O marqueteiro Marcos Martinelli, que o governador leva a tira colo para todo evento oficial, agora anda com equipe. Nesta quarta-feira, Martinelli era assessorado durante a leitura da mensagem e levava em sua mão um caderno com um grande adesivo com o número que o PDT usa nas urnas: 12.
Secretários
No discurso de Amazonino, os maiores afagos foram feitos para três secretários: o vice-governador e secretário de Segurança Pública Bosco Saraiva (SD), o secretário de Saúde, Francisco Deodato, e o secretário de Fazenda, Alfredo Paes. Ao destacar os três mais uma vez, Amazonino disse que sua equipe tem trabalhado de forma incansável como se fossem heróis.
Reforma administrativa
O governador Amazonino Mendes admitiu que a reforma administrativa ainda não foi enviada à ALE-AM por não ter sido concluída, mas disse que pretende encaminhá-la ao legislativo ainda em fevereiro. Disse que o governo não “conversa” e que precisa ser compactado para ter eficiência.
Fonte da coluna informou que haverá fusão de pastas que tratam de áreas afins. Na assistências social e direitos humanos há vários setores separados que não se comunicam, na avaliação do Governo.
Seped na mira
Uma pasta considerada frágil na reforma é a Secretaria de Estado de Assistência à Pessoa com Deficiência (Seped), que foi criada no Governo Omar Aziz, que tem pela causa “carinho especial”. No início do Governo, quando se cogitou pela primeira vez, extingui-la, aliados informaram que o senador não gostou da ideia.
Salário de secretário
Amazonino Mendes voltou a defender aumento no salário dos secretário com frases de efeito. Desta vez, disse que é preciso aumentar para não ser roubado.
Situação que causou saia justa neste contexto, foi quando, durante a coletiva, perguntou ao vice-governador Bosco Saraiva qual era o salário líquido dele considerando que o rendimento bruto dos secretários é R$ 13 mil. Bosco sorriu e não soube responder.
Dobro
No Palácio do Governo, a informação que circula é que ajustes serão feitos para que um “salário digno” seja pago aos secretários. O valor pode chegar a R$ 22 mil.
Brasil Norte Comunicação | BNC Amazonas