Em busca de respostas para desaparecimento de parintinenses

Em busca de respostas para desaparecimento de parintinenses Foto: Divulgação Notícia do dia 30/01/2018

Familiares das pessoas que desapareceram no município de Parintins sem deixar qualquer tipo de pista continuam buscando respostas e possibilidade de encontra-las vivas.

 

Embora os casos intriguem as famílias dos desaparecidos, eles apontam que existe uma célula de tráfico humano ou grupo ligado ao extermínio de pessoas no município.

 

Uma das pessoas incansáveis de procurar a filha é a autônoma Cristiane Pinheiro, 48. Em Parintins, Cris como é conhecida diz que continua e não vai parar as buscas para encontrar a filha Khatlen Pinheiro Ferreira, que desapareceu há 14 anos, após sair da Escola Presbiteriana no Bairro Santa Rita.

 

Cristiane diz que ainda tem esperança de encontrar a filha que atualmente é uma jovem e com 22 anos. A luta de rever Khatlen, Cris viajou ao Sul e com ajuda de ONGs e uma amiga da Polícia Federal conseguiu a progressão da foto de como a filha está atualmente.

 

As buscas incessantes e sem ajuda dos órgãos durante todo esse tempo, Cristiane disse que conta apenas com apoio das redes sociais e de movimentos integrados por pessoas que vivem o mesmo drama.

 

A mãe de Khatlen conta que já buscou ajuda junto a vários órgãos e instituições, entre eles, o Ministério Público e Delegacia de Polícia Civil, mas não conseguiu obter nenhuma resposta e o caso continua sem ser resolvido.

 

“Não vou desistir, tenho certeza que a minha filha está viva, sinto isso, vou encontra-la e dar uma resposta para aqueles que busco apoio e não conseguem me dar uma resposta para o sumiço de Khatlen”, disse.

 

O sumiço repentino de pessoas em Parintins sem deixar nenhuma pista intriga, gerando preocupação nas autoridades ligadas à área de segurança pública pelo fato dos familiares cobrarem respostas para os casos, principalmente os que ocorreram nos últimos seis anos.

 

Segundo Cristiane, já são cerca de 30 casos de pessoas desaparecidas em quatro décadas, a maioria sem respostas.

 

Embora estudos e levantamentos feitos nos últimos três anos pela Secretaria de Estado e Justiça (SEJUS), os quais apontam que o Estado possui rotas de tráfico humano e, entre essas está Parintins, nenhum caso nesse contexto (tráfico humano) foi registrado no município.

 

Pelo fato de Parintins estar inserida como ponto de referência para o tráfico humano, Cristiane Pinheiro acredita-se que a menor deva ter sido raptada, mas até hoje não houve uma conclusão sobre o sumiço da garota.

 

Entres os desaparecimentos, está do dançarino Fredson de Souza Coelho, 20, que sumiu misteriosamente no caminho de sua casa no dia 23 de abril de 2011.

 

Outros desaparecidos são: o ancião Alonso Alcântara, 80, que sumiu no dia 03 de outubro de 2015, o artista plástico Jander Mendes de Azevedo, 39, que desapareceu no dia 06 de julho de 2016.

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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