Operadora Vivo é criticada por falha na comunicação celular

Operadora Vivo é criticada por falha na comunicação celular Foto: Fernando Cardoso Notícia do dia 17/01/2018

Usuários da operadora de telefonia celular Vivo diariamente questionam as constantes interrupções no sinal nas chamadas dos seus celulares e no uso de internet.

 

O estudante Thiego Souza reclama que na maioria das vezes que precisa fazer uma ligação urgente, o sistema não consegue completar as chamadas, segundo ele, principalmente quando o tempo fica nublado.

 

A cidadã paraense Rosane Almeida, que está passando as férias em Parintins, garante que o problema não é prioridade da Ilha do Boi Bumbá, na sua cidade, Almeirim, as falhas no sinal da operadora Vivo são constantes, causando revolta nos usuários.

 

“Acho que o problema é em toda a região e a empresa não faz nada, não instala mais antenas para melhorar o serviço. É muita promessa e propaganda enganosa dessa operadora”, criticou.

 

A falha na conexão de internet e interrupções no momento das ligações já vem ocorrendo há muitos anos, inclusive, algumas das vezes deixando os usuários sem o sinal da telefonia móvel na cidade.

 

Em 2010, o Ministério Público (MPE) ajuizou Ação Civil Pública contra a Operadora por conta das falhas no sinal e que a Vivo oferecesse um serviço de qualidade aos clientes, como resposta, em 2012 e 2013, representantes da Vivo argumentaram que já estariam cumprindo os compromissos assumidos para a melhoria da qualidade e da cobertura do sinal no Amazonas, inclusive, em Parintins.

 

Na época, a empresa apresentou ao MPE uma planilha técnica explicando como o serviço era oferecido aos clientes e o sinal era enviado para as torres instaladas na região.

 

Os técnicos da Vivo explicaram também que a torre base de transmissão da telefonia celular para Parintins está instalada no Distrito de Pedras, em Barreirinha.

 

Quando a Vivo foi acionada pela Justiça, os seus representantes expuseram as mesmas explicações e apresentaram dados técnicos que mostravam resultados positivos no sistema operacional móvel.

 

Sem um balcão de atendimento da empresa, os usuários estão limitados apenas em questionar via celular para a central da operadora, em muitas das vezes ter que esperar entre 10 a 20 minutos para ser atendido, ou quando não, as ligações são cortadas.

 

No mês de outubro de 2013, uma audiência pública realizada na Câmara Municipal, sem nenhum representante da Vivo, apenas deputados estaduais que integravam uma Comissão, debateu a problemática da telefonia celular em Parintins, inclusive, no Baixo Amazonas.

 

No encontro, dos documentos apresentados, questionamentos, críticas, opiniões e idéias foi feito um relatório para ser entregue à CPI da Telefonia, porém o sistema operacional continua gerando problemas e prejuízos.

 

Um estudo apresentado pela União dos Legislativos do Brasil (UNALE) em 2012, apontava que no Japão tem 500 telefones para cada antena de transmissão, enquanto no Brasil são 7 mil celulares para cada antena, impossibilitando um serviço de qualidade.

 

Outro problema é quanto à internet, o serviço não é de natureza pública e sim privado, não sendo obrigado de acordo com a Lei Geral de Telecomunicação que as empresas distribuam o sinal para onde elas avaliam que não há retorno.

 

Em 95% dos municípios é constatado que não existe uma pessoa responsável em responder pela operadora e receber as reclamações, mas existem milhares de vendedores terceirizados de crédito.

 

O gerenciador de sistema, Dioclecio Ramos, avalia que é clara a falta de investimentos das operadoras e a omissão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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