Servidores da Prefeitura de Manaus aprovam indicativo de greve

Servidores da Prefeitura de Manaus aprovam indicativo de greve Foto: Divulgação Notícia do dia 10/11/2017

Reunião realizada ontem à noite por servidores do município aprovou um indicativo de greve para pressionar a Prefeitura de Manaus a conceder reajuste salarial de 10% no ganho base dos funcionários classificados como de área não específica.

 

Esse pessoal representa algo torno de 1,4 mil servidores, que estão espalhados em várias secretarias.

 

Eles se queixam que estão há dez anos sem reajuste e avaliam que é uma demanda de simples solução, segundo o presidente da Associação dos Servidores Municipais, Lúcio Rocha.

 

“Esses 10% não representam mais do que R$ 41, mas estamos esquecidos”, disse ele, acrescentando que os não específicos se sentiram discriminados no último reajuste dado pelo prefeito Arthur Neto (PSDB).

 

“O prefeito reajustou o salário de todo mundo, mas não atendeu as nossas reivindicações. Queremos isonomia”, comentou.

 

O indicativo de greve está marcado para o dia 7 de dezembro.

 

Após a reunião que aprovou a decisão, a organização do movimento distribuiu um texto aos meios de comunicação noticiando a medida.

 

Leia abaixo

Servidores municipais da Área não Específica da Prefeitura de Manaus aprovaram na noite desta quinta-feira, 09.11, uma Carta de Princípios onde relacionam compromissos que vão exigir por parte do Executivo Municipal.

 

Entre os pontos, um indicativo de greve para o dia 7 de dezembro, caso o prefeito Arthur Virgílio Neto não responda à categoria sobre as reinvindicações até o próximo dia 30 de novembro. “A continuação do silêncio por parte do prefeito em relação às nossas reivindicações será entendida pela categoria como uma negativa às nossas solicitações”, explicou o presidente Associação dos Servidores Efetivos do Município de Manaus (Asemm), Lúcio Rocha.

 

A aprovação da Carta de Princípios aconteceu durante reunião no auditório do Sindicato dos bancários, onde também participaram servidores do Sindicato do Meio Ambiente (Sindiambiente); da Associação dos Guardas Municipais de Manaus (Agmman); e Sindicato dos Guardas Municipais do Estado do Amazonas (Sindguarda-AM), além da própria Asemm. Na oportunidade, também manifestaram apoio à categoria os sindicatos dos Trabalhadores Psicólogos do Amazonas (Sintra-PSI) e dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical)

 

A reação dos servidores foi motivada após o prefeito de Manaus ter preterido os servidores da área não específica – em torno de 1.400 pessoas –  do reajuste concedido aos demais servidores municipais no dia 26 de outubro, sob a justificativa de não haver data-base.  “Estamos lutando pelo nosso Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) de forma organizada desde 2016 e mais recentemente, solicitamos um reajuste emergencial de 10%, à medida que estamos com o salário-base congelado em R$ 415,00 desde 2008”, esclarece Rocha. “E até agora, o prefeito não nos deu uma resposta”, acrescenta.

 

Na Carta de Princípios, as associações e sindicatos dos servidores exigem tratamento isonômico no reajuste de remuneração dos servidores da Área não Específica, com reajuste de 10%, a partir de 1º de janeiro de 2018, como medida intermediária até a aprovação do PCCV. “Estamos lutando pelo aumento de R$ 41,50 no salário-base, uma quantia insignificante em relação ao trabalho e dedicação dessa parcela de servidores, que incluem garis, engenheiros, jornalistas e muitos outros profissionais”, disse Rocha. “A postura da Prefeitura, por meio do secretário de Finanças, que preteriu esses 1.400 servidores no recente aumento que concedeu a outras categorias, mostra descompromisso para com esses servidores. A Prefeitura mostra seu poder financeiro com todo mundo, mas despreza quem movimenta a máquina pública. Vamos denunciar esse descaso e lutar para acabar com essa desigualdade”, complementou Rocha.

 

A Carta de Princípios será encaminhada ao prefeito Arthur Neto e aos vereadores do município.

 

Brasil Norte Comunicação | BNC Amazonas

Tags: