Turistas estrangeiros fomentam geração de rendas em Parintins

Turistas estrangeiros fomentam geração de rendas em Parintins Foto: Marcondes Maciel Notícia do dia 07/11/2017

A temporada de cruzeiros que começou em setembro deste ano e deve trazer ao Amazonas cerca de 15 mil turistas até abril de 2018, continua em andamento. Ao todo serão 23 transatlânticos que estarão navegando pelo Rio Amazonas, território amazonense, conduzindo turistas de várias nacionalidades, para alguns vir ao Amazônia representa a viagem de seus sonhos, motivadas pelo desejo de conhecerem a biodiversidade que se concentra no maior planeta verde da terra.

 

Na manhã desta terça-feira (07), aportou em Parintins, o transatlântico Crystal Serenity de bandeira norueguesa transportando 1.070 turistas e 655 tripulantes.

 

Ao deixarem o navio e pisarem em solo parintinense, alguns estrangeiros recebem o acompanhamento de guias bilíngües do próprio navio como forma de saberem um pouco da cidade, sua gente, costumes e cultura.

 

Na passagem dos navios pelo município, classes de profissionais como: artesãos, tricicleiros e os bumbás são as que mais conseguem captar os dólares dos estrangeiros porque esses setores no período dos cruzeiros são os que mais oferecem produtos e serviços.

 

O guia turístico parintinense Kaire Brito assegura que a presença de turistas na cidade fomenta em parte a economia, embora alguns profissionais liberais questionam que apenas os promoters de viagens, artesãos, tricicleiros e poucos comércios faturam com a presença dos cruzeiros.

  

Kaire que atua na Associação dos Tricicleiros de Parintins como interprete e agenciador junto aos gringos para os passeios de triciclo pela ilha informou que os tricicleiros aproveitam o momento para faturar alguns dólares.

 

“Nesse momento os favorecidos são as classes de artesãos e tricicleiros. Os turistas querem levar sempre uma lembrança e passear para conhecer um pouco da cidade”, comentou.

 

A presença dos turistas tem um efeito positivo para a cultura já que as agências organizam shows para proporciona-los o conhecimento sobre a nossa região e a cultura do boi bumbá.

 

Os agentes de turismo, viagens e eventos ressaltam que a idéia é trazer o maior número de turistas a Parintins para conhecer a arte de Caprichoso e Garantido e o trabalho dos artesãos locais.

 

Para o artesão Gilberto Duque, os turistas fomentam a geração de rendas. Ele explica que as vendas oscilam de navio pra navio, ou seja, tem alguns turistas que gastam mais, outros menos.

 

O carro chefe de vendas na sua tenda é a famosa Piranha, que em média custa de U$ 3 a 5 U$ dólares, depois os chaveiros confeccionados com bois em minúsculas miniaturas.

 

“O nosso lema é explorar o turismo e nunca o turista, e isso faz com que a gente se sobressaia em nossas vendas”, parafraseou.

 

É comum também na passagem dos cruzeiros pelo município, os turistas ficarem sem atenção, seja no comércio ou setores que oferecem alimentos regionais porque não estão preparados para oferecer o diálogo, produtos e serviços.             

 

Outro ponto observado é quanto os locais históricos como: igrejas, logradouros públicos e prédios antigos que se encontram fechados e não existe ninguém para comentar sobre suas importâncias para a história da cidade.

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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