
Com 80% das obras concluídas, as Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) construídas em aldeias localizadas nas quatro regiões assistidas pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Parintins deverão ser entregues somente no próximo ano.
O coordenador do DSEI, José Augusto Santos de Souza, o Nenga, explica que o convênio com a empresa venceu, mas que já está iniciando novas tratativas para que os trabalhos nas UBSI possam ser retomados.
“Nós estamos com um contrato acerca de 80% dele concluído, mas 20% está com uma série de dificuldades para ser resolvida, inclusive, na questão burocrática do termo aditivo da empresa que não foi aditivado no prazo legal e isso está demandando toda uma articulação junto a empresa contratada, como junto ao DGESE em Brasília para que a gente possa chegar num denominador comum e resolver esse problema”, declarou.
As novas unidades básicas de saúde estão sendo construídas em aldeias localizadas na região do Rio Andirá, município de Barreirinha, nas aldeias Araticum, Vila Nova I e Kuruatuba.
Na região do Rio Marau, município de Maués, as aldeias contempladas são: Nova Esperança, Vila Nova II, Nova Aldeia e Santa Maria.
Na região do Alto Nhamundá, município de Nhamundá, estão recebendo as unidades as aldeias Kassawa e Riozinho. Na região do Rio Uaicurapá, em Parintins, a aldeia escolhida foi a São Francisco.
Para o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Parintins, Miguel Mayawakna, as novas unidades representam uma conquista histórica para as comunidades indígenas.
“Nossa luta para que fossem construídos postos de saúde dentro das aldeias vem de muito tempo e graças à Sesai temos conseguido avançar muito. Hoje temos equipes de saúde completas realizando atendimentos regulares dentro das aldeias”, salientou.
Para o coordenador do DSEI, é um sonho de muitos anos da população indígena do Baixo Amazonas e ver o projeto se materializar é compensatório para todos que trabalharam para que as unidades fossem implantadas nas comunidades indígenas Sateré Mawé e Hexkariana.
“O processo para construção dessas unidades é contagiante e motiva todos a continuarem dando o máximo na busca por mais melhorias para nossas comunidades indígenas”, destacou.
Ciente de que a melhoria dos indicadores de saúde da população indígena passa necessariamente pelo cuidado com a qualidade dos serviços prestados, Nenga ressalta que a Sesai vem investindo significativamente nos últimos anos na reestruturação física dos seus estabelecimentos e das equipes de profissionais de saúde que atuam em área.
Fernando Cardoso | Repórter Parintins