A continua morte de cachorros de forma rápida e sem nenhuma causa aparentemente de doença grave em Parintins continua causando questionamentos por parte dos donos dos animais e uma resposta do órgão competente.
Recentemente a coordenadora de Vigilância em Saúde de Parintins, Elaine Pires, questionada sobre os casos adiantou que a morte do animais poderia está ligada a um suposto surto da moléstia conhecida como cinomose, provocada pelo vírus CDV (Canine Distemper Vírus), mas ainda não existe um laudo técnico que possa comprovar se as mortes estão ligadas a doença altamente contagiosa entre os animais.
Sem manifestar comprovadamente a causa das mortes dos caes, Elaine Pires, informou que preferia comentar melhor sobre o suposto surto de cinomose somente quando tiver os laudos periciais que serão feitos nas amostras dos cérebros do cães que recentemente morreram apresentando sinais da doença.
Elaine informou que animais com idade mais avançada continuam morrendo, mas que a Vigilância em Saúde, por meio da Gerência de Zoonoses de Parintins, vem tomando todas as medidas, inclusive, monitoramento os casos e investigando o provável surto da doença.
Elaine adiantou que a Vigilância em Saúde já tem em seu poder dois cérebros de cães que morreram com a sintomatologia que se parece com a raiva para ser encaminhado novamente ao Laboratório Central do Amazonas (Lacem) ou até ao laboratório em Campinas para serem analisados e ter a resposta se trata-se da doença (cinomose) que acomete principalmente os filhotes, antes de 1 ano de vida ou outro tipo de male.
A coordenadora da Vigilância em Saúde explica que as pessoas também precisam ajudar na prevenção da doença, no caso de cinomose, não devem acariciar o animal com os sintômas e depois acariciar outros cães, pois irão passar a doença ao animal sadio.
A cinomose pode atingir vários órgãos dos animais, ou seja, é sistêmica, podendo atuar em todo o organismo. Às vezes cães mais velhos também podem ter Cinomose, normalmente porque não tomaram as vacinas necessárias ou porque estão com a imunidade baixa.
É altamente contagiosa entre os cães, sendo causada por um vírus que sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio, e menos de um mês em local quente e úmido. É um vírus muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns e, leva quase sempre à morte dos filhotes, porém os adultos também podem se contaminar se não vacinados.
Elaine Pires solicita à população que fique atenta para observar nos cães essa sintomatologia. Pelo menos seis casos de animais (cães) suspeitos que morrerem em tempo curto por causa dos sintomas já foram registrados na cidade.
Fernando Cardoso | Repórter Parintins