
O Município de São Sebastião do Uatumã está sendo considerado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama) como o campeão de desmatamento no Baixo Amazonas.
A observação foi feita pelos agentes do IBAMA durante a Operação Tucandeira no município pelo indicativos de desmatamentos observados através das imagens de satélite e trabalhados com programas de geoprocessamento por meio do sistema QuantumGIS.
De acordo com o analista ambiental da Unidade Técnica do Ibama em Parintins, Joel Araújo, durante a Operação Tucandeira foram lavrados 15 autos de infração que somam R$ 852mil, 15 termos de embargo que interditaram 186 hectares de áreas desmatadas e queimadas.
O analista ambiental informou que no período de 2014 a 2017, o município desmatou cerca de 1500 hectares de florestas e passou a ser alvo de maiores investigações e monitoramento por conta, principalmente do desmatamento.
Araújo informou que as fiscalizações ocorreram nas proximidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Uatumã com finalidade de aumentar o grau de proteção da floresta nos rios Maripá, Cubuacá e Caranaucá.
Nas fiscalizações, os agentes do Ibama verificaram que uma das causas apontadas para o avanço do desmatamento no município é voltada a atividade pecuária que ocorre na região sem a devida regularização ambiental.
Segundo Joel Araújo, a atividade da agricultura sem a observância da regulamentação contribui para o avanço do desmatamento no município uatumãense, principalmente pela ausência dos órgãos ambientais, responsáveis pela fiscalização e expedição de licenças.
O servidor do Ibama cita que dentre os municípios do Baixo Amazonas, São Sebastião do Uatumã e Urucará, foram os que tiveram a maior área desmatada, muito maior que Parintins Nhamundá e Barreirinha.
São Sebastião do Uatumã que tem uma área de 10.741,039 KM2 e uma população estimada em 13.105 habitantes em 2016, segundo o IBGE, teve 10% de floresta perdida com queimadas e desmatamentos.
Fernando Cardoso | Repórter Parintins