Roubos e furtos de celulares aumentam em Parintins

Roubos e furtos de celulares aumentam em Parintins Foto: Fernando Cardoso Notícia do dia 13/09/2017

O celular se tornou um dos produtos mais cobiçados por assaltantes em Parintins segundo dados apresentados pela Polícia Militar e Polícia Civil.

 

Dos registros de furto e roubos, 80% dos casos envolvem celulares. O celular pelo seu alto valor comercial e ser objeto de pequeno porte, podendo ser escondido e transportado com muita facilidade, é o objeto mais visado pelos ladrões.

 

Em busca dele, os bandidos atacam em qualquer lugar, tendo adolescentes do sexo feminino como vítimas, mas não escapam do foco pessoas jovens e adultas. As lojas que comercializam aparelhos celulares também são visadas pelos ladrões.

 

De acordo com os registros da PC e PM, nos últimos três anos pelo menos 15 lojas que comercializam celulares foram alvo dos ladrões. Foram furtados ou roubados aparelhos de várias marcas, modelos e preços causando aos lojistas e comerciantes prejuízos estimados em R$ 300 mil.

 

Segundo o investigador Humberto Santos do 3º Distrito Integrado de Polícia Civil (3º DIP), os dados gerais da instituição de roubos e furtos não apresentam especificamente quantos celulares são furtados mensalmente ou anualmente, porque os números são incluídos de forma geral, mas aponta que a maioria é por furto ou roubo de celulares.

 

Os dados de roubos (53) e furtos (174) apresentados ao Repórter Parintins pela PM mostram que 70% está relacionado a subtração de celulares. O roubo de celular supera estatísticas de alguns delitos considerados como agravantes.

 

De acordo com policiais militares e civis, atualmente o celular é o objeto mais valorizado no mercado do crime, pois os ladrões sabem que é mais fácil comercializa-los por preços abaixo do mercado ou trocado, principalmente com drogas nas bocas de fumo, além dos bandidos terem mais facilidade na divisão do dinheiro ou drogas.

 

No último final de semana, as guarnições da PM apresentaram na Delegacia de Polícia Civil pelo menos seis ocorrências de roubos de celulares em via pública, num dos casos, os militares conseguiram êxito prendendo dois menores de 14 e 15 anos.

 

Na manhã desta quarta-feira (13), os dois foram apresentados no Ministério Público (MPE), foram ouvidos pela promotora Carolina Monteiro, inclusive, a agente ministerial pediu à Justiça a internação dos dois menores por 45 dias.

 

A onda de roubos de celulares na cidade está se espalhando de tal forma que tem até bandido deixando o tráfico de drogas para roubar o objeto em via pública ou vende-los para algumas casas de assistência técnica que trocam as carenagens e os vendem como se fossem novos.

 

Quando uma pessoa está se sujeitando a comprar um celular de origem criminosa, ela cria um mercado negro para os criminosos, fomentando esse tipo de crime.

Não se tem informações se a Polícia vem investigando esse tipo de comportamento de algumas assistência técnica.

 

As Polícias Militar e Civil citam que o roubo de celular disparou na cidade nos últimos anos pelo fato das pessoas, inclusive, adolescentes andarem nas ruas e ficar falando ao celular, uma exposição favorável para os ladrões agirem.

 

A adolescente Raune Sabrina Souza foi uma das vítimas dos ladrões em via pública. A menor contou que retornava da aula em companhia de uma colega quando dois elementos armados com facas as abordaram e roubaram seu celular Samsung J5 que havia ganhado de presente no seu aniversário.

 

“O celular estava na minha mão quando repentinamente os dois homens apareceram dizendo para passar o celular ou nos matariam, foi muito rápido", disse ela.

 

A melhor defesa para evitar ser surpreendido pelos ladrões de celular é evitar usar o objeto na rua ficando o tempo todo na internet, esquecendo que é perigoso caminhar nas ruas com o menor movimento de pessoas, pois fica mais fácil para o ladrão.

 

O comandante da Polícia Militar, Major Morrilas, declarou que a PM continua atuando na prevenção de crimes com patrulhamento ostensivo e que os números desse tipo de delito refletem um cenário de crise, que não depende apenas da PM para ser revertido, mas de todos os órgãos de segurança.

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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