Amazonino Mendes (PDT) é consagrado pela quarta vez como o novo governador do Estado do Amazonas, na eleição suplementar para o mandato tampão para os próximos 15 meses. O pleito aconteceu neste domingo, 27 de agosto. Amazonino vai completar o mandato que foi iniciado por José Melo, cassado por compra de votos.
Até o fechamento desta matéria, Amazonino Mendes tinha, com 90,31% das urnas apuradas, cerca de 59,52% dos votos, contra 40,48% de Eduardo Braga, e uma substancial quantidade de votos nulos, brancos e abstenções. Restavam 201 mil votos a serem apurados, enquanto a diferença entre os candidatos já era de 220 mil votos.
Amazonino Mendes, do PDT, foi candidato desta vez pela coligação Movimento Pela Reconstrução do Amazonas, tendo como vice-governador Bosco Saraiva (PSD).
Histórico
Amazonino entrou em campo em 1983, quando assumiu a Prefeitura de Manaus indicado por aquele que foi o técnico de algumas das principais lideranças políticas do Estado: Gilberto Mestrinho. Enquanto Amazonino foi alçado diretamente para o time principal da política amazonense, Braga começou pelas categorias de base, ocupando o cargo de vereador de Manaus a partir de 1981.
Amazonino foi governador pela primeira vez no período de 1987 a 1990. Desse mandato, ele costuma destacar realizações como a construção do Bumbódromo de Parintins, urbanização de bairros e restauração do Teatro Amazonas e do reservatório do Mocó. No ano em que deixou o governo, para assumir uma cadeira no Senado Federal, Eduardo Braga deixava a Câmara Municipal de Manaus e assumia o cargo de deputado estadual.
Dois anos depois, ele e Braga foram jogar no mesmo time, compondo a chapa vencedora na disputa pela Prefeitura de Manaus: Amazonino prefeito, Braga vice. A parceria continuou nos anos seguintes. Amazonino foi prefeito por apenas dois anos. Em 1995, deixou o parceiro Braga no posto de prefeito e foi assumir seu segundo mandato de governador, quando lançou o programa Terceiro Ciclo, que incentivava a agricultura em larga escala.
Na Prefeitura, Braga aproveitou para valorizar seu passe. Ele e Amazonino promoveram a “ação conjunta”, um pacote de obras na capital, resultado da parceria com o governo do Estado.
campos opostos A dobradinha acabou em 1998, quando Braga resolveu disputar o governo do Estado contra seu padrinho político. Pela primeira vez, os dois estavam em campos opostos. Amazonino venceu a disputa ainda no primeiro tempo, ou melhor, no primeiro turno.
Reeleito, o terceiro mandato foi marcado por ações como a construção de hospitais, obras de urbanização e a criação da Universidade do Estado do Amazonas.
Em 2008, Amazonino foi eleito prefeito de Manaus, e ficou no cargo por quatro anos, não disputando a reeleição.