Por não haver conexão com a Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal, retirou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e o presidente estadual do partido, Eron Bezerra, da Lava Jato.
A presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, designou a ministra Rosa Weber para relatar o inquérito para investigar o alegado uso irregular de recursos não contabilizados nas eleições de 2012.
Relator da Operação no STF, o ministro Fachin deferiu o despacho (número 176890/2017) do Ministério Público Federal pelo qual reconhece não haver conexão do caso com a Lava Jato.
“Muito embora o presente caso tenha originado-se da colaboração de executivos de empresa Odebrechet, envolvida em desvios de recursos da Petrobras, os fatos aqui apurados não guardam, em princípio, nenhuma relação de conexão com os casos de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro investigado no âmbito da chamada Operação Lava Jato”, diz o despacho do MPF.
O ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Luiz Reis disse que teria recomendado uma doação de recursos à campanha da senadora à Prefeitura de Manaus em 2012 via caixa dois, ou seja, o dinheiro não teria sido contabilizado, sem, entretanto, apresentar qualquer prova.
Tanto Vanessa quanto Eron consideram essa decisão do ministro Fachin muito importante, pois deixa claro que ambos nunca tiveram envolvimento com qualquer ato investigado na Operação Lava Jato.
Quanto a investigação sobre o uso de recursos não contabilizados em campanha eleitoral, ela não tem dúvida de que o caminho do inquérito será o arquivamento. “Nós já provamos que todos os recursos da nossa campanha foram legalmente contabilizados”, afirmou.