A direção da Associação de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis de Parintins (AGLBT) amplia em locais públicos o trabalho preventivo do fluido oral com a testagem do vírus HIV, principalmente em populações-chave: como HSH (homens que fazem sexo com homens), jovens gays, profissionais do sexo e usuários de drogas.
Além desse público, outras pessoas também podem se submeter ao teste do fluido oral e saber se possuem algum reagente do vírus HIV. De acordo com o presidente da AGLBT, Fernando Moraes, o Dinho, a associação atua em parceria com a ONG AidsHealthcare Foundation (AHF), organização sem fins lucrativos norte-americana que atua com foco na promoção do tratamento e cuidados para o HIV/aids no mundo e a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
Fernando Moraes explica que o trabalho da AGLBT é diferenciado do desenvolvido nos centros de saúde, ou seja, a instituição vai aos logradouros públicos ofertar gratuitamente o teste do fluido oral, o qual não precisa furar o dedo para coletar o sangue, apenas consiste em coletar com uma paleta a secreção da mucosa da boca.
“O objetivo dessa ação é contribuir para o fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde), a ampliação do diagnóstico precoce do HIV, o início imediato do tratamento e a prevenção da doença no município”, explicou Dinho.
Moraes disse que em 2016 foram detectados na ação 14 casos de pessoas que tinham o reagente do vírus HIV e imediatamente foram encaminhados ao Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) para confirmação num novo teste para HIV. Nos oitos primeiros meses de 2017 já foram detectados 03 casos.
Quando há positividade, o soro positivo recebe todo suporte entre o diagnóstico e a primeira consulta, além do tratamento gratuito. Todo o trabalho de orientação, coleta de amostra, aconselhamento e atendimento é feito por uma equipe capacitada composta por sete pessoas voluntárias.
Na ação, as pessoas recebem preservativos e são orientadas a se prevenir contra a doença que vem aumentando no município parintinense. Dinho confidenciou que quando a AGLBT iniciou o trabalho em espaço público havia receio que as pessoas reagissem de forma negativa, pelo contrário buscar se submeter ao teste do fluido oral.
Mensalmente a AGLBT dispõe de 200 teste gratuitos para alcançar a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS).
Fernando Cardoso | Repórter Parintins