Exploração sexual: Morte de Thaíssa Jordana começa ser investigada em Manaus

Garota chegou a citar que policiais e autoridades vinham de Manaus e cada programa custava de R$ 30,00 a R$ 50,00

Exploração sexual: Morte de Thaíssa Jordana começa ser investigada em Manaus Foto: Fernando Cardoso Notícia do dia 08/08/2017

As investigações que apuram a morte da adolescente Thaíssa Jordana de Souza Costa, 16, encontrada morta no dia 02 de dezembro de 2012 em um dos quartos de um hotel em Manaus, devem começar pelo local de origem do fato (Manaus), segundo a delegada Alessandra Trigueiro da Delegacia Especializada em Crimes Contra Mulher Crianças e Idosos (DCCMCI).

 

De acordo com a autoridade policial, o processo será levado a Manaus para iniciar as investigações se de fato a adolescente morreu em consequência de uma overdose de droga como havia sido divulgado ou queima de arquivo em razão de Thaíssa Jordana ser uma das vítimas de uma suposta rede de exploração sexual com ramificações em Parintins, Barreirinha e Manaus.

 

Em abril de 2012, Thaíssa Jordana apresentou na 3ª Delegacia Interativa de Polícia de Parintins (DIP), denúncia da suposta rede de exploração sexual e que por várias vezes sofreu crime de violação sexual, entre estes, estupro.

 

O caso de pedofilia praticamente encerrado ganhou atenção e reabertura após o membro do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) da presidência da República, conselheiro, Renato Souto, ouvir algumas adolescentes que apontaram uma nova versão para o caso e novos nomes de supostos acusados.

 

A delegada Alessandra Trigueiro assegurou a retomada das investigações sobre o caso, mas não repassou detalhes para não atrapalhar o que vem sendo feito.

 

“Existe alguns casos e estamos retomando algumas investigações passadas, mas não podemos revelar por serem sigilosas, mais já está sendo feito um trabalho em cima desses crimes”, garantiu.

 

Questionada sobre o assunto, a promotora Carolina Monteiro, adiantou que ainda não tinha analisado o processo que estava com vistas para o Ministério Público (MPE), mas que iria oficializar a Delegacia de Polícia para saber como estavam os tramites do inquérito e das investigações.

 

Thaissa Jordana era natural de Barreirinha, ao fazer a denúncia, ela teria relatado que na chácara de um militar junto com outras amigas bebiam, usavam drogas e faziam programas, inclusive, chegou a citar que alguns policiais e autoridades vinham de Manaus e que cada programa custava de R$ 30,00 a R$ 50,00.

 

No processo, Thaíssa após fazer a denúncia na Delegacia e no Conselho Tutelar de Barreirinha começou receber ameaças de morte e por conta própria fugiu para Manaus onde acabou sendo encontrada morta, segundo informações a garota era viciada.

 

A denúncia-crime junto ao Ministério Público do Estado (MPE) e Ministério Público Federal (MPF) abriu processo judicial, que cita autoridades políticas, policiais e comerciantes.

 

Após Renato Souto formalizar a denúncia junto ao MPE e MPF, à conselheira tutelar da época e a autoridade policial que atuou no caso informalmente explicaram que muitas das coisas que foram recém-citadas não batem com que foi dito pela adolescente e com as investigações, porém outros fatos não podem ser descartados.

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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