Componentes eletrônicos vão parar na lixeira, sem controle

Todos os dias são jogados fora carcaças de celulares, baterias e placas eletrônicas, peças nocivas à saúde da população

Componentes eletrônicos vão parar na lixeira, sem controle Foto: Fernando Cardoso Notícia do dia 07/08/2017

O descarte de baterias de celulares, pilhas e componentes de informática no local correto em Parintins ainda está longe de acontecer. 

 

Segundo os garis que fazem a coleta do lixo na cidade, quase que todos os dias se deparam com carcaças de celulares, baterias, pilhas, placas eletrônicas, entre outras peças nocivas à saúde da população.

 

Um deles disse que as vezes não descarta no lixo esse tipo de componente eletrônico, leva para casa com a esperança que pode funcionar e ser utilizado. 

 

Esse tipo de material por lei é proibido ser direcionado para o lixão. A lixeira de Parintins não comporta o recebimento de resíduos eletrônicos. Na Lei nº 12.305, que institui a Política, o fabricante deve destinar corretamente esse material, porém isso não é feito.

 

 

As lojas e fabricantes deveriam ter nas cidades representantes para acolherem esses materiais e destiná-los ao local correto ou para empresas de reciclagem para serem reaproveitados novamente. 

 

A lei contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. 

 

Em novembro de 2012, o juiz Áldrin Henrique Rodrigues que atuou no Juizado Especial Cível e Criminal de Parintins, para tentar conscientizar a população e os revendedores desses materiais determinou que até o dia 31 de dezembro do mesmo ano todos os resíduos eletrônicos deveriam ser coletados por uma loja de assistência técnica e dado o destino correto.

 

A determinação não foi cumprida e continua sendo presenciado em alguns pontos do centro da cidade e locais próximos a lixeira esses materiais jogados, colocando em risco o meio ambiente e a saúde da população.

 

Além do lixo doméstico, o lixo eletrônico e o industrial são vistos também espalhados com freqüência em toda cidade. São carcaças de televisores, geladeiras, fogões, máquina de lavar, ar-condicionados e outros que acabam indo parar no aterro controlado.

 

Comerciantes contactados pela reportagem não quiseram comentar sobre o assunto. Um deles limitou-se apenas em sugerir que o município cumpra com a lei e determine um espaço para esses materiais serem destinados.

 

Questionado se orienta os clientes que após o desuso dos componentes possam descarta em local correto, disse que não porque todo cidadão sabe que não é permitido descartar o lixo eletrônico ou elétrico em locais inadequados.

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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