O descarte de baterias de celulares, pilhas e componentes de informática no local correto em Parintins ainda está longe de acontecer.
Segundo os garis que fazem a coleta do lixo na cidade, quase que todos os dias se deparam com carcaças de celulares, baterias, pilhas, placas eletrônicas, entre outras peças nocivas à saúde da população.
Um deles disse que as vezes não descarta no lixo esse tipo de componente eletrônico, leva para casa com a esperança que pode funcionar e ser utilizado.
Esse tipo de material por lei é proibido ser direcionado para o lixão. A lixeira de Parintins não comporta o recebimento de resíduos eletrônicos. Na Lei nº 12.305, que institui a Política, o fabricante deve destinar corretamente esse material, porém isso não é feito.
As lojas e fabricantes deveriam ter nas cidades representantes para acolherem esses materiais e destiná-los ao local correto ou para empresas de reciclagem para serem reaproveitados novamente.
A lei contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.
Em novembro de 2012, o juiz Áldrin Henrique Rodrigues que atuou no Juizado Especial Cível e Criminal de Parintins, para tentar conscientizar a população e os revendedores desses materiais determinou que até o dia 31 de dezembro do mesmo ano todos os resíduos eletrônicos deveriam ser coletados por uma loja de assistência técnica e dado o destino correto.
A determinação não foi cumprida e continua sendo presenciado em alguns pontos do centro da cidade e locais próximos a lixeira esses materiais jogados, colocando em risco o meio ambiente e a saúde da população.
Além do lixo doméstico, o lixo eletrônico e o industrial são vistos também espalhados com freqüência em toda cidade. São carcaças de televisores, geladeiras, fogões, máquina de lavar, ar-condicionados e outros que acabam indo parar no aterro controlado.
Comerciantes contactados pela reportagem não quiseram comentar sobre o assunto. Um deles limitou-se apenas em sugerir que o município cumpra com a lei e determine um espaço para esses materiais serem destinados.
Questionado se orienta os clientes que após o desuso dos componentes possam descarta em local correto, disse que não porque todo cidadão sabe que não é permitido descartar o lixo eletrônico ou elétrico em locais inadequados.
Fernando Cardoso | Repórter Parintins