Por Marcondes Maciel | Os vereadores da Câmara Municipal de Parintins, a menos de cinco dias para a eleição suplementar para o governo do estado, no próximo domingo, 6 de agosto, resolveram paralisar as atividades parlamentares e não realizaram sessão ordinária na terça-feira, 1º de agosto.
Como se não bastasse o benefício de mais de um mês de férias no recesso parlamentar entre julho e julho deste ano, bem como a redução de três reuniões regimentais para somente duas durante a semana com apenas seis horas de trabalho toda semana, agora deixaram de reunir por falta de quórum, ausência de vereadores.
A justificativa que os funcionários da Câmara Municipal de Parintins repassavam na manhã de terça-feira era que a maioria dos vereadores estavam viajando. Ou seja: os vereadores têm a prerrogativa de deixarem de trabalhar quando bem entendem. E o povo? Ah, o povo que se dane!
Enquanto o trabalhador comum cumpre entre oito e 12 horas de trabalhos diariamente para terem direito a um salário mínimo de R$ 937,00 cada vereador recebe por duas sessões e seis horas de trabalho por semana mais de R$ 9 mil.
Como o corporativismo reina absoluto entre os ‘nobres pares’, até hoje na história politica da Câmara Municipal, nenhum vereador foi punido exemplarmente com, pelo menos, desconto em folha de pagamento dos dias que deixaram de trabalhar.
*Marcondes Maciel | Bacharel em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), diretor de jornalismo do Jornal e Site Repórter Parintins e Assessor de Imprensa da Associação Folclórica Boi-Bumbá Garantido.