Reforma trabalhista é aprovada no Senado sob protestos de senadoras

Reforma trabalhista é aprovada no Senado sob protestos de senadoras Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado Notícia do dia 12/07/2017

O Senado aprovou nesta terça-feira (11) o texto da reforma trabalhista. Para virar lei, as novas regras ainda dependem da sanção do presidente Michel Temer. A reforma muda a lei trabalhista brasileira e traz novas definições sobre férias, jornada de trabalho e outras questões.

 

Conforme o G1, o governo ainda poderá editar uma Medida Provisória com novas alterações na lei trabalhista. A alternativa foi negociada para acelerar a tramitação da proposta no Congresso.

 

A sessão começou tumultuada. Por quase sete horas um grupo de senadoras ocupou a Mesa do Plenário e impediu o andamento dos trabalhos. Durante a tarde, parlamentares tentaram negociar a retomada da votação. Mas não houve acordo.

 

Ainda com a Mesa ocupada pela oposição, o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) reabriu os trabalhos pouco depois das 18h30.

 

"Já que eu fiz um apelo às senadoras e elas não me entenderam, eu vou presidir a sessão como me determina o regimento", afirmou Eunício.

 

Antes de votar o texto principal, parlamentares discutiram pontos da reforma. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) alertou para a possibilidade de trabalhadores serem substituídos por pessoas jurídicas. Segundo ela, isso provocaria perda de direitos.

 

"O trabalhador perde o 13º salário, perde as férias, perde o descanso semanal remunerado. É isso que está escrito aqui. Nós não estamos inventando", afirmou Vanessa.

 

Também contrária à reforma, a senadora Kátia Abreu disse que o ideal seria "adiar a votação da reforma".

 

"Ninguém vai morrer se nós votarmos a reforma na primeira semana de agosto. É melhor debater, discutir com calma. Essa reforma está a serviço de quem? De um Planalto que não se sustenta?", indagou.

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