Poluição sonora: um abuso sem fiscalização em Parintins

Um exemplo de poluição sonora é na Praça dos Bois, onde a perturbação com barulho incomoda os clientes das lanchonetes

Poluição sonora: um abuso sem fiscalização em Parintins Foto: Fernando Cardoso Notícia do dia 22/06/2017

A população cobra dos setores responsáveis em combater a poluição sonora para que fiscalizem os ambientes noturnos, bares, carros equipados com amplificadores e residências em que seus proprietários abusam do alto volume.

 

Os munícipes questionam que os órgãos de segurança só ameaçam combater o ilícito, mas nunca levam adiante as ações preventivas e repreensivas porque há sempre alguém conhecido que faz o abuso de aparelhagens sonoras.

 

“É inadmissível que donos de automóveis com potentes equipamentos de som em alto volume fiquem perturbando as pessoas nos locais por onde circulam ou ficam estacionados, principalmente na madrugada” disse o comerciante Carlos Brandão.

 

“Esperamos que providências sejam tomadas o mais breve possível para coibir o ato abusivo das pessoas que abusam do volume dos equipamentos sonoros pensando ser os únicos moradores da cidade”, salientou o autônomo Ranolfo Cidade.

 

Um exemplo de poluição sonora é na Praça dos Bois, onde a perturbação sonora incomoda os clientes das lanchonetes, alguns questionam que não conseguem lanchar sossegados ou conversar por causa da sonorização dos equipamentos de som acima dos decibéis permitidos ao ouvido humano.

 

A poluição sonora também é verificada pelos moradores da Rua Geni Bentes e Rua Larga do Bairro União, onde estão instalados bares e casas de forró. Além dos ambientes noturnos, bares e carros equipados com amplificadores, a denúncia se estende para algumas igrejas evangélicas que promovem cultos em volume acima do permitido.

 

Para a população, o fiscalizador da lei, o Ministério Público (MPAM) precisa ajuizar uma ação junto à Justiça para impedir que o abuso sonoro verificado em toda cidade seja minimizado, como também é recomendado que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) faça a sua parte em fiscalizar os ambientes que abusam da sonorização de equipamentos de som.

 

Há cobranças também para que a PM faça o uso dos aparelhos de medir decibéis doados pelo Ministério Público (MPAM) em 2009 para fazer esse tipo de aferição da poluição sonora.

 

A promotora Carolina Monteiro questionada sobre o assunto explicou que as atividades ambientais não são de competência de sua promotoria, mas disse que logo que chegou em Parintins solicitou o fechamento do Bar Os Vips por conta de inúmeras denúncias de moradores e um abaixo assinado protocolado no MPE.

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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