Cobrança de taxas das encomendas nos barcos gera polêmica em Parintins

Para envio de dinheiro é cobrado 10% em cima do valor total e quando se trata de eletrodomésticos o valor da taxa é de R$ 50,00

Cobrança de taxas das encomendas nos barcos gera polêmica em Parintins Foto: Marcondes Maciel Notícia do dia 07/06/2017

A cobrança de taxas no setor de encomenda das embarcações que fazem linha no trecho Parintins/Manaus/Parintins continua gerando reclamações e questionamentos por parte dos usuários desse serviço.

 

Na manhã desta quarta-feira (07), a autônoma Jucilene Ferreira da Costa, foi surpreendida no setor de encomenda do barco Coronel Tavares ao receber um televisor de 32 polegadas, uma sacola média e a quantia de R$ 1.250,00 e saber que pela encomenda tinha que pagar R$ 100.

 

Jucilene avaliou o valor cobrado um exagero. “Me surpreendi com o preço, procurei saber nos outros barcos quanto me cobrariam, disseram que R$ 50, se fosse pelo menos esse preço estava bom”, comentou.

 

Revoltada, ela procurou a Agência Fluvial da Capitania dos Portos, onde informaram que não podiam fazer nada, orientando a cidadã procurar a Delegacia de Polícia e registrar um boletim de ocorrência.

 

A reportagem procurou a pessoa responsável em fazer a entrega das encomendas no Barco Coronel Tavares. A jovem Tâmara Tavares confirmou que Jucilene Ferreira pagou realmente R$ 100 pelo transporte da encomenda, explicando que quando envolve dinheiro é cobrado 10% em cima do valor total, e quando se trata de eletrodomésticos o valor da taxa é de R$ 50.

 

“Cobramos o valor e ainda fizemos um desconto, ela não aceitou. Ela está no direito dela de reclamar e nós estamos no nosso. Cobramos R$ 50 pra trazer uma televisão porque é um objeto frágil e se houver algum dano quem vai pagar somos nós”, declarou.

 

No Porto ninguém soube explicar se existe uma norma ou decreto estipulando os preços cobrados por encomenda. Alguns portuários informaram que o preço é cobrado de acordo com o tamanho e tipo de encomenda, sem que haja uma tabela expedida pelo órgão regulador, ou seja, o Sindicato das Empresas de Navegação no Estado do Amazonas (Sindarma) ou Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários do Amazonas (Sintraqua).   

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

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