Morador de área de risco prevê que enchente não será grande

“Pelo que estou vendo não vai ser grande. Em maio toda área daqui já estava no fundo”, diz seu Florentino Araújo

Morador de área de risco prevê que enchente não será grande Foto: Fernando Cardoso Notícia do dia 10/05/2017

Embora a enchente na região apresente características que vai se aproximar da maior já registrada no Estado em 2009, algumas pessoas acostumadas a conviver anualmente com o fenômeno natural asseguram que não alcançara o mesmo pico até junho.

 

Uma dessas avaliações é feita pelo aposentado Florentino Araújo da Silva, 75, morador há 32 anos da Rua Coronel Barreto Batista, bairro de Itaguatinga, considerada área baixa da cidade. Segundo o aposentado, a avaliação pode ser feita através de comparativo a olho nu, ou seja, observando o movimento da subida da água na via pública.

 

Florentino assegura que no dia 10 de maio de 2009, a água já havia inundado a via pública e as casas, localizadas próximas a sua residência, enquanto que a enchente de 2017 ainda não apresenta risco para a rua e para as casas.

 

“Pelo que estou vendo não vai ser grande. Em maio toda área daqui já estava no fundo. Em 2012 já estávamos no alagado e quase que alcança a enchente de 2009. Em 2013, não chegou a dois palmos de água na rua, enquanto que em 2009 medimos seis palmos de água”, relatou.

 

O aposentado relata que elevou em 40 centímetros o nível do piso de sua residência, enquanto que a maior elevação foi feita na cozinha em quase um metro.

 

Segundo ele, o maior transtorno causado pela enchente na área baixa do Itaguatinga é quanto a locomoção de pessoas e o impedimento do tráfego de veículos, superados quando o poder público manda construir pontes de madeira no local.

 

A cidadã Dionei Souza conta que vem se preparando para enfrentar uma nova enchente. Ela assegura que não sofre muito os impactos da cheia porque tem uma casa no bairro Paulo Corrêa, então no período da enchente muda de endereço. “Se não tivesse outra casa, a situação seria complicada”, declarou.

 

Na Rua 24 de Janeiro no bairro Itaúna I os moradores já estão se preparando para uma possível grande enchente pela subida acelerada do nível do rio. O autônomo Edson Soares, morador, procurou a Defesa Civil para solicitar ajuda para as famílias que residem na área de risco e aguarda a resposta da coordenação do órgão.

 

62 centímetros é a diferença da enchente de 2017 para a maior já registrada no Amazonas em 2009, quando o Rio Amazonas atingiu o seu pico máximo no dia 17 de junho, alcançando 9 metros e 38 centímetros.

 

Fernando Cardoso | Repórter Parintins

Tags: