
É crescente o número de vídeos caseiros pornográficos, produzidos em sua maioria por adolescentes parintinenses, circulando em celulares na cidade. A maioria dos vídeos tem como protagonistas adolescentes de 14 a 17 anos, que se deixam filmar praticando sexo com namorados ou grupo de jovens, principalmente em residências de bairros mais carentes da cidade.
É observado também nas mídias gravadas por meio de celulares, algumas alunas de escolas da Ilha que aceitam serem filmadas e depois ter o vídeo exibido, prejudicando-as, acabando por serem vistas de forma preconceituosa, principalmente por parte de amigos, vizinhos até mesmo familiares.
O que também se pode notar nos vídeos que circulam entre os aparelhos celulares, são algumas mulheres casadas e influentes da cidade que deixam ser filmadas no momento de intimidade, que por descuido, perda ou furto do celular acabam tendo as imagens expostas.
A reportagem apurou que, por conta desses vídeos, algumas mulheres chegaram a se separar dos maridos ou deixaram a cidade para evitar constrangimentos. Uma jovem que atualmente trabalha como comerciária, inclusive pediu para não ter a identidade revelada em conversa informal, contou que passou decepção e constrangimento ao ver um vídeo íntimo seu, circulando nos celulares da cidade.
Ela relatou que não sabia que o ex-namorado havia filmado escondido a intimidade dos dois e quando o namoro terminou, o jovem de 23 anos resolveu expor o vídeo nas redes sociais. A jovem conta que pensou em mudar de cidade, mas com o apoio da família resolveu encarar os questionamentos.
“Superei todos os vexames e constrangimentos, não foi fácil, mas passou. Tenho o maior cuidado em me relacionar com as pessoas e namorado. Quando me relaciono intimamente, apago as luzes se for à noite ou na parte do dia evito a luz solar ou peço para o meu parceiro desligar o celular, mesmo assim ainda fico com receio”, explicou.
Recentemente uma pessoa envolvida na sociedade teve o seu momento de intimidade filmado por jovem de 25, que a mesma assegura não ser amante e nem namorado, mas o vídeo chegou na mão do esposo que está pedindo o divórcio. A fonte não revelou o nome, mas garante que o vídeo causou diversas brigas entre o casal.
A exibição de vídeos pornográficos de celular para celular, além de causar desconforto para a pessoa, pode causar constrangimentos para os familiares da vítima e processos para o autor do delito.
Pelos levantamentos feitos anteriormente junto ao Conselho Tutelar e Delegacia de Crimes Contra a Mulher, mais de 80 vídeos pornográficos envolvendo adolescentes e algumas mulheres casadas parintinenses estão circulando de celular para celular na cidade.
Fernando Cardoso | Repórter Parintins