A falta de estrutura para manter um serviço de segurança de qualidade por parte da Polícia Militar de Parintins tem sido um dos principais percalços enfrentados pela corporação, principalmente com a limitação de gasolina para manter em circulação as únicas três viaturas disponíveis para o trabalho ostensivo e preventivo.
De acordo com informações de militares da PM, a falta de gasolina na quantidade necessária para o serviço de patrulhamento diário tem restringido a atuação do policiamento nas ruas de Parintins. É que o Governo do Estado, depois que adotou o sistema de abastecimento das viaturas pela compra de combustível com o cartão, também limitou a quantidade de gasolina para os carros da PM.
Segundo informações, depois que o abastecimento passou a ser programado, as viaturas grandes, que antes circulavam com 40 litros de gasolina por dia, passaram a receber a metade desse combustível para rodar 24 horas. “Abastece apenas 20 litros para rodar 24 horas. Aí não tem como. No final da tarde já acabou a gasolina”, reclama um dos policiais.
Outro militar que também pediu para não ser identificado, o mesmo problema se repete com a viatura pequena que antes rodava com 15 litros de gasolina para o dia e 15 para a noite. “Agora passou a rodar com oito litros para cumprir uma escala de serviço de 24 horas. É impossível a gente prestar o serviço satisfatório e a população está desamparada”, lamentou.
Um terceiro policial relatou que as viaturas do Batalhão Tupinambarana de Parintins só saem para atender ocorrência policial ao invés de cumprir seu objetivo constitucional que é realizar o policiamento ostensivo e preventivo. “Estamos saindo só para recolher cadáver e atender ocorrências. Isso está errado. É um absurdo. É querer brincar com a população, brincar de fazer segurança”, desabafou.
Os militares disseram que com pouca gasolina, as viaturas não rodam o tempo necessário e a população fica a mercê dos bandidos. “O prefeito anunciou que iria dar suporte e até agora nada. Só estão rodando as motos que prestam serviço de apoio ao trânsito porque é a Prefeitura que dá a gasolina, mas, as motos não fazem policiamento ostensivo e sim policiamento de trânsito”, disse um dos policiais.
Marcondes Maciel | Repórter Parintins