Foto: Marcondes Maciel
Notícia do dia 23/12/2016
Em fechamento do balanço final de ocorrências atendidas em 2016, a 3ª Companhia Independente de Bombeiro Militar de Parintins (3ª CIBM) registra que os acidentes de trânsito são os responsáveis por 70% dos encaminhamentos de pessoas aos hospitais da cidade.
De acordo com dados apresentados até o dia 20 deste mês ao Site Repórter Parintins, os homens da 3ª CIBM atenderam 233 ocorrências de acidentes de trânsito com vítimas lesionadas.
Para o comandante da corporação, o 2º tenente Francisco Assis Amorim, o número de acidentes é grande e preocupante. Segundo o militar, é preciso que a família e a escola comecem a orientar as crianças sobre a educação no trânsito como forma de deixa-las informadas sobre o tráfego de veículos e pedestres.
“A princípio deve começar esse ensinamento educacional pela base para que as crianças saibam sobre o código de trânsito e como devem se portar quando estiverem trafegando a pé ou motorizados”, comentou.
Tenente Amorim ressalta que a maioria das ocorrências envolve condutores que fizeram o uso de bebidas alcoólicas e cometeram imprudências. “A bebida é causadora do maior índice de trânsito. É preciso que sejam realizadas blitz intensivas na cidade para coibir esse tipo de infração que já se tornou comum no município”, declarou.
Das 1.030 ocorrências registradas ano passado na 3ª Companhia Independente de Bombeiro Militar, cerca de 120 foram relacionadas a acidentes de trânsito. Os acidentes de trânsito continuam acontecendo na cidade sem que os causadores serem punidos como desejam as vítimas, que em sua maioria fica com seqüelas.
Todos os dias, os hospitais da cidade registram entrada de pelo menos cinco pessoas vítimas de acidentes de trânsito. De acordo com dados da Polícia Militar de 2007 a 2015, 2.396 pessoas sofreram lesões durante o registro de acidentes de trânsito.
O mesmo registro incluindo os onze meses de 2016 aponta que 64 pessoas perderam a vida no trânsito da cidade. O que chama atenção das vítimas e da população é que nenhum dos causadores de acidentes que tiveram vítimas fatais está na cadeia.
A lei recomenda o pagamento de penas alternativas para os que cometem acidentes de trânsito, ou seja, a lei lista quatro tipos de penas alternativas: trabalho em equipe de resgate do Corpo de Bombeiros ou em outras unidades móveis especializadas em atendimento a vítimas de trânsito, trabalho em prontos socorros da rede pública que recebam vítimas de acidentes de trânsito, trabalho em clinicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados, ou atividades relacionadas a resgate e recuperação de vítimas.
As penas alternativas se aplicarão em casos de crimes previstos entre os artigos 302 e 312 do Código de Trânsito, porém as vítimas e parentes avaliam a lei como desnecessária porque não é cumprida. Um cidadão que teve como vítima de acidente, a filha, lamenta que os motociclistas continuam infringindo as recomendações e orientações do Código Brasileiro de Trânsito, causando acidentes e deixando para as vítimas, prejuízos.
Texto: Fernando Cardoso
