Parintins vive sensação de insegurança sem viaturas da PM nas ruas

Parintins vive sensação de insegurança sem viaturas da PM nas ruas Fotos: Marcondes Maciel Notícia do dia 25/10/2016

Os moradores do município de Parintins começaram a sentir a sensação de insegurança por conta da ausência de rondas ostensivas e patrulhamentos motorizados que paralisaram devido a falta do repasse de combustível para abastecer os carros e motocicletas do 11º Batalhão Tupinambarana de Polícia Militar em Parintins. As viaturas estão paradas desde a segunda-feira, 24 de outubro, no pátio do quartel improvisado, no prédio anexo onde funcionava o programa Pelotão Mirim.

 

De acordo com informações dos policiais militares, que pediram para não terem os nomes divulgados, até o momento o Comando Geral da Polícia Militar do Amazonas e nem a Secretaria de Estado da Administração (Sead) informaram os motivos do corte no fornecimento de gasolina para as viaturas e sequer deram uma posição quanto ao prazo para a normalização do problema. “A empresa fornecedora de combustível em Parintins liberou o combustível até onde pôde, mas agora não teve jeito e as viaturas estão paradas”, disse um dos militares.

 

Outro policial informou que a escala de serviços está sendo realizada normalmente no quartel da Polícia Militar de Parintins, sendo que os militares escalados nas viaturas estão saindo a pé às ruas para realizar o patrulhamento em locais de grande concentração de público. “Estão trabalhando no sistema de dupla, o conhecido ‘Cosme e Damião’, para tentar manter a segurança básica”, frisou.

 

Com ausência de diligências policiais, rondas ostensivas e patrulhamentos com viaturas, além da fiscalização de trânsito com motocicletas pela Polícia Militar em Parintins a criminalidade tende a aumentar a cada dia.

 

Um exemplo foi que na noite de segunda-feira, 24 de outubro, nas primeiras 24 horas de paralisação das viaturas, várias ocorrências que necessitavam de intervenção da PM deixaram de ser feitas. Naquela noite houve pelo menos cinco tentativas de homicídios, sendo que três foram com ‘arma branca’ e outras duas com arma de fogo, onde tentaram matar o ex-presidiário Marcley Gama da Silva e Fernando Coelho que receberam pelos menos oito tiros.  

 

Esse é o reflexo da crise financeira que limitou os investimentos em vários setores do Governo do Estado, incluindo a segurança pública. A falta do repasse de combustível necessário para manter as viaturas de quatro rodas circulando para o serviço de segurança pública chegou ao limite e o problema se agravou, forçando a paralização das viaturas.

 

Marcondes Maciel | Repórter Parintins

 

 

 

 

 

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