Odontólogos paralisam em protesto ás demissões e ao desmonte da área de saúde

Odontólogos paralisam em protesto ás demissões e ao desmonte da área de saúde Foto: Marcondes Maciel Notícia do dia 11/10/2016

Os oito odontólogos que restaram da série de demissões autorizadas pelo prefeito Alexandre da Carbrás (PSD) nos últimos dias na rede municipal de saúde anunciaram paralisação geral em protesto pelo descaso, sucateamento e desmonte no setor da saúde, assim como em todas as áreas da administração municipal. A paralisação aconeceu desde a manhã de terça-feira, 11 de outubro de 2016.

 

Os profissionais da saúde bucal disseram que dos 27 odontólogos existentes na rede municipal de saúde apenas oito mantém contratos, enquanto os outros foram demitidos, sem justificativa. De acordo com o cirurgião dentista, Franklin Santos, por este motivo a classe odontológica resolveu se unir em prol da normatização do serviço público. “Os profissionais que estão contratados atualmente são apenas oito e esse quadro é totalmente insuficiente para atender a demanda, uma vez que a prefeitura atende também Juruti, Nhamundá, Barreirinha e outras cidades”, disse.

 

O profissional ressaltou que a situação chegou ao ponto de completo agravo e sem condições de atendimento. “Falta não só profissionais, como também insumos, materiais, medicamentos, os equipamento estão sucateados. Mesmo que os profissionais tenham disposição para trabalhar, eles não conseguem fazer seu trabalho em sua plenitude, porque não tem condições”, destacou.

 

Os dentistas informaram que cada profissional em muitas das vezes tiveram que comprar com dinheiro próprios caixas de luvas, anestésicos, máscara, que são insumos de uso contínuo. “Muitas vezes tivemos que trazer esses materiais para os consultórios. A situação se agravou com as demissões sistemáticas”, denunciou.

 

Os odontólogos pontuaram que um dos setores mais prejudicados é o Centro de Especialidade Odontológica (CEO). “O CEO, tecnicamente está aberto, mas só oferece tratamento de canal, tratamento de dentes de pessoas especiais e idosos. Mesmo assim o serviço é muito pouco porque o CEO é lotado todos os dias. Quem quiser fazer um tratamento de canal só vai ter vaga para novembro, porque uma outra dentista que é especialista em canal foi demitida”, ressaltou

 

O profissional disse que a paralização segue por tempo indeterminado. “Até que o prefeito Alexandre da Carbrás tome providencia, recontrate os profissionais e ofereça assistência com o fornecimento de materiais, equipamentos, insumos que são estão em falta”, frisou.  

 

Marcondes Maciel | Da equipe Repórter Parintins

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