Empresas de navegação comercial do Amazonas querem fim da burocracia

Empresas de navegação comercial do Amazonas querem fim da burocracia Foto: Divulgação Notícia do dia 17/09/2016

A burocracia presente na navegação comercial do país, incluindo no Amazonas, gera prejuízos da R$ 4,3 bilhões segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), sendo que parte desse valor é repassado ao consumidor final.

 

Para reverter esse cenário com mais agilidade, eficiência e melhor custo benefício para o trabalho das embarcações, entidades do setor criaram o projeto “Mobilização Nacional pela Desburocratização da Navegação”, que foi lançado nesta sexta-feira (16), em Manaus.  No mesmo evento, além do início das discussões, foi lançada também a primeira campanha de mobilização intitulada “Hidrovias Já”.

 

A mobilização busca, por meio da discussão entre as entidades do setor junto aos órgãos do poder público que regem a navegação no Brasil, eliminar entraves presentes na navegação além de viabilizar mais investimentos que o setor precisa, como explicou o presidente da Federação Nacional da Navegação (Fenavega), Raimundo Holanda.

 

O presidente afirma que não existem hidrovias no Brasil por falta de investimentos do Estado nos setores de dragagem, derrogagem de pedrais, sinalização de hidrovias, entre outros. Holanda usou como exemplo o rio Madeira no Amazonas, que no período de cheia, permite o transporte de até 40 mil toneladas de produtos por viagem, enquanto que no período de seca, com o mesmo equipamento, pode se transportar apenas 7 mil toneladas, o que gera prejuízos.

 

Potencial

 

O presidente do Sindicado das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma-AM), Galdino Alencar Junior, chamou a atenção para o potencial que possui o Amazonas. Ele também usou como o exemplo o principal corredor de transporte da região, que é o rio Madeira, porque abastece Rondônia, parte do Mato Grosso e o Acre, transportando quase 12 milhões de toneladas de grãos todo ano pelo Arco Norte, entre Manaus e Porto Velho.

 

Segundo Galdino, os números poderiam ser maiores, mas não o são por conta da burocracia. “Os armadores têm que absolver parte deste prejuízo, enquanto que a outra parte é passada para o consumidor. Se nós tivéssemos hidrovias dragadas, com boa navegabilidade, os custos das mercadorias seriam bem mais competitivos para as mercadorias”, explicou.

 

Galdinou disse ainda que entre as primeiras ações, o Amazonas busca a capacitação de aquaviários por meio da compra de simuladores para formar capitães.

 

Por Folhapress

 

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