Manaus caminha para apagão após paralisação de usinas da Amazonas Energia

Manaus caminha para apagão após paralisação de usinas da Amazonas Energia Foto: Divulgação Notícia do dia 06/07/2016

Manaus corre sério risco de sofrer apagões com a crise que afeta a Amazonas Energia, afundada em dívida bilionária. Duas das principais usinas de distribuição de energia, Mauá e Aparecida, já estão paradas, sem gás.

 

O alerta foi feito pelo presidente da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Lino Chíxaro, que cortou o fornecimento do gás para as usinas da Amazonas Energia, por decisão da Petrobrás, que cobra o recebimento de uma dívida de R$ 6 bilhões. Sem receber da Amazonas Energia, a Cigás não paga a Petrobrás.

 

Ele expôs essa situação, que chamou de periclitante e gravíssima, durante entrevista à rádio Tiradentes, de Manaus, nesta terça, dia 5.

 

Em nota à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Amazonas Energia admite o risco de cortes no fornecimento de energia para Manaus caso não seja encontrada solução imediata para o combustível.

 

Chíxaro comentou que, sem o gás, as usinas podem retroceder e voltar a usar óleo. “Essa mudança de matriz energética de uma hora para outra é algo complicado. Corremos o risco de perder essa matriz pela qual se lutou tanto, que está numa linha evolutiva para a mudança da matriz para o gás˜, disse.

 

E complementou seu comentário com uma crítica ao pouco uso do gasoduto Urucu/Coari-Manaus:

 

“Se gastou muito dinheiro para construir esse gasoduto. A própria Cigás já investiu R$ 200 milhões. Então, é pra usar o gás”.

 

O presidente da Cigás disse que as mudanças feitas no setor energético pelo governo Dilma quebraram o sistema no Amazonas e o problema agora só se resolverá se o governo federal intervir. “É a única forma de resolver”, avaliou Chíxaro.

 

Chíxaro se referia à integração do Amazonas ao sistema nacional, sem que na prática isso tenha acontecido. Hoje, apenas Manaus e uma parte da região metropolitana usa energia do linhão de Tucuruí. Com essa medida, o estado perdeu recursos que financiavam despesas.

 

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