Foto: Marcondes Maciel
Notícia do dia 16/06/2016
Havia decidido que não perderia meu tempo respondendo a quem não sabe o que está dizendo. No entanto, em respeito aos que se preocupam em saber o que aconteceu, vamos lá!
Gente, a questão é muito simples: os bois fizeram ACORDOS em diversos processos (em outros foram condenados) e não pagaram. E agora estão sendo cobrados, como se cobra em qualquer processo judicial. Sim, é isso mesmo, parte substancial do que os bois devem tem sua origem em ACORDOS feitos espontaneamente pelo próprio boi. E que não foram pagos.
Ou seja, o devedor faz acordo, se compromete a pagar de modo espontâneo, não o faz, e ainda há quem ache que não deveria ser cobrado? Seria justo, seria correto, deixar de cobrar o que é devido e que foi espontaneamente prometido a quem trabalhou sem receber? Não creio.
E por que a cobrança só está sendo feita agora? Porque só nesta época do ano é que o dinheiro aparece, e tanto é assim que os bois geralmente celebram seus acordos com previsão de pagamento a partir de maio. E não pagaram.
Por outro lado, acho curioso o fato de que os sites de "informações" publicam suas "notícias" sem ouvir os interessados. E não se preocupam em investigar o que realmente seria interessante investigar: os bois recebem, todos os anos, mais de dez milhões, e duvido que gastem tudo isso no festival. Por que o dinheiro não sobra? Por que cada um deles deve alguns milhões de reais para a União, em tributos? Por que existem tantas dívidas não pagas? Por que não há uma prestação de contas pública, transparente e na forma contábil, já que existe dinheiro público envolvido?
Duas observações finais: a) esse senhor que anda espalhando que tem um processo parado há 6 anos, na Vara do Trabalho de Parintins, está delirando. O processo dele está quitado e arquivado desde abril de 2011. O processo é público, e por isso, quem quiser visualizar a tramitação, basta acessar o site do TRT (www.trt11.jus.br) e informar o número do processo: 0000099/2009-101-11-00; b) não pretendo pedir direito de respostas a qualquer desses blogs sensacionalistas, pois isso seria tratar como jornalista quem não sabe se comportar como tal.
E por aqui encerro minha participação sobre esse tema.
juiz do trabalho Aldemiro Dantas Júnior
