Sejamos luz...

Notícia do dia 05/08/2013
No frio amanhecer de domingo, o repórter anda pela Praia de Copacabana lotada de peregrinos em busca de relatos e explicações para o sacrifício de uma noite incomoda à espera da missa de despedida do papa Francisco.

No caminhar entre a trilha de jovens e seus sacos de dormir, escolhe uma senhora que ainda boceja para dar seu testemunho: - Qual a sua idade? ? 77 anos. ? Como foi passar essa noite fria aqui em Copacabana? A resposta é imediata! ? Foi maravilhoso!

O que poderia parecer um sacrifício para aquela senhora, tornou-se maravilhoso diante da fé e da alegria renovada pelas lições de humildade e amor ao próximo dadas pelo papa Francisco na sua passagem pelo Brasil.

De tudo que foi dito, destaco o discurso em que o papa condenou a intolerância religiosa, o racismo e a corrupção.

Ao condenar a INTOLERÂNCIA RELIGIOSA o papa expressa o sentimento de um Deus que ama a todos, nas palavras de Francisco, até os que não acreditam na sua existência. É um chamado contra os conflitos religiosos, contra o obscurantismo que justifica guerras e mortes, onde Deus pretende ver harmonia e fraternidade.

O combate ao RACISMO ? que ouso substituir por combate ao PRECONCEITO, considerando que as distinções sociais, sexuais, físicas e religiosas são tão nefastas quando as de raça ? expressa um compromisso cristão com a igualdade de direitos entre os homens e com o respeito à diversidade.

Por fim, ao combater a CORRUPÇÃO, nosso papa assume um discurso político que, se não escolhe lado ideológico ou partidário, assume o lado do povo e, em especial, dos mais humildes, daqueles que mais necessitam dos serviços públicos e que assistem passivos esses serviços serem precarizados dia-dia pela ganância de uns poucos.

A passagem do papa Francisco pelo Brasil faz um chamado a uma atitude ativa dos homens e mulheres de bem na busca de uma sociedade mais justa e solidária. Sejamos pregadores desse novo mundo sem INTOLERÂNCIA RELIGIOSA, RACISMO-PRECONCEITO e CORRUPÇÃO. Sejamos luz e esperança onde há trevas e desilusão.
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