Superlotação no Jofre Cohen põe saúde pública no limite

Dois hospitais são insuficientes para a demanda local, quanto mais apenas um

Superlotação no Jofre Cohen põe saúde pública no limite Foto: Marcondes Maciel Notícia do dia 19/04/2016

A sobrecarga nos atendimentos médicos, de enfermagem e ambulatorial, além da superlotação nas urgências e emergências no hospital Jofre Cohen, com a desativação do hospital Padre Colombo na semana passada, mostra a fragilidade no sistema de saúde pública. A alta procura por todo tipo de atendimento médico naquela unidade de saúde deixou a entrada de emergência tomada por pessoas nos últimos dias. São pais que levam suas crianças em busca de atendimento, além de pacientes jovens e idosos. Todos os serviços, desde o mais simples curativo até cirurgias de alta complexidade, fazem parte da demanda. A demora no atendimento chega a ser inevitável.

 

Com uma população de mais de 110 mil habitantes, segundo estatística do IBGE, apenas duas casas de internação de pacientes e de procedimentos cirúrgicos não são suficientes para a demanda local. A prova de fogo foi a paralisação do hospital Padre Colombo, da Diocese de Parintins que obrigou a direção do Jofre Cohen a duplicar o fornecimento de alimentos, medicamentos, consultas ambulatoriais e internações de pacientes.

 

De acordo com a gerente de enfermagem do Jofre Cohen, Regiane Barata, a estrutura de leitos, serviços, insumos para os atendimentos estão suprindo a demanda até o momento. Ela diz que antes eram atendidas em média 120 pessoas, entre crianças, jovens e idosos, porém com a centralização do serviço a unidade de saúde passou para uma média de 300 pacientes atendidos diariamente. “Os nossos produtos vão faltar se continuar a sobrecarrega, porque os atendimentos que tínhamos, por dia de 120, dia e noite, hoje chega a quase 300. Então a demanda aumentou com a procura da população”, disse.

 

Marcondes Maciel | Repórter Parintins

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