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Notícia do dia 29/01/2015
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) assinaram convênio nesta quarta–feira, 28, para possibilitar o acesso de estudantes matriculados nos 1º e 2º anos do ensino médio aos estágios nas varas e juizados do Tribunal de Justiça, localizados no interior do Estado.
O convênio foi assinado às 9h pela presidente Graça Figueiredo e o secretário de Educação, Rossieli Soares. "Com o auxílio da Seduc, vamos proporcionar aprendizado e preparação à vida profissional desses jovens do interior", explicou a desembargadora.
A estratégia do TJAM é formar um banco de estágio. E a única forma de isso acontecer seria por meio desse convênio com a Seduc, porque as escolas estaduais de ensino médio ficam sob o controle da secretaria de educação.
— Quando fazemos convênios com os estudantes de faculdade, ele é feito com a Ufam e com a UEA. Nesse sentido vou agradecer a cooperação, porque precisamos que todos os municípios sejam contemplados com esse benefício para formação do estudante que vai ter oportunidade de ter contato com os trabalhos do judiciário, ampliar horizontes e ter uma remuneração – disse a desembargadora Graça Figueiredo.
No primeiro semestre, o concurso para estagiários oferecerá 28 vagas, com salário de R$ 300 e mais ajuda de custo para alimentação no valor de R$ 100. A jornada de atividades de estágio será de quatro horas, a ser cumprida de segunda à sexta-feira, no horário de 8h às 12h.
— Esse valor para os jovens no interior que estão em busca de um a caminho profissional é um grande incentivo –, comentou o secretário.
SUB-REGIÕES
Durante a assinatura do convênio, a diretora da Escola de Aperfeiçoamento do Servido (Estjam), Wiulla Marques explicou que, no primeiro semestre, o concurso será feito em três sub-regiões (7ª, 8ª e 9ª) que correspondem aos municípios de Tabatinga, Benjamin Constant, Atalia do Norte, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá, Amaturá, Itacoatiara, Maués, Nova Olinda, Silves, Urucurituba, Itapiranga, Presidente Figueiredo, Parintins, Boa Vista do Ramos, Barreirinha, Nhamundá, São Sebastião do Uatumã e Urucará).
— Isso tudo somente no primeiro semestre deste ano. Para o segundo semestre, nós teremos mais duas sub-regiões que irão abranger municípios do Solimões e alto Juruá – explicou a presidente do TJAM.
— Para nós é uma alegria fazer parte disso. Nós que trabalhamos com o desenvolvimento do nosso aluno, do futuro profissional que vai estar lá e é uma oportunidade que mexe com a sociedade escolar. Você realizar um processo seletivo acaba envolvendo aqueles que passam e que não passam, mas vai tentar se preparar para fazer parte do TJAM —, complementou Rossieli Soares, que colocou à disposição da presidente do tribunal o sistema de transmissão para todo o interior pelo Centro de Mídias. "Para que a senhora faça o lançamento logo após o início do ano letivo. Sempre ajustamos horários para ajustarmos a divulgação desses projetos. Não somente desses, mais de outros", comentou.
Durante a cerimônia, o secretário manifestou sua preocupação em relação ao crescimento de ações de depredação praticadas por jovens infratores dentro da rede pública de ensino.
— Gostaria de ver como funciona no Estado as penas compensatórias. Precisamos achar um caminho porque existe uma depredação muito grande nas escolas e, geralmente, são os próprios alunos que são menores de idade. Queríamos uma forma mais célere de aplicar uma pena ou forma. Sendo pior na capital do que no interior.
A desembargadora respondeu que o TJAM tem o juiz da Vara Infracional para os adolescentes que estão em situação de risco. E comentou que essas penas são importantes para que o menor saiba que ele vai ser responsabilizado pelo ato infrator.
— Vamos marcar um reunião para esclarecer melhor isso – adiantou Graça.
Texto: Mário Adolfo | TJAM
Foto: Raimundo Valentim | TJAM
