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Notícia do dia 27/03/2016
O presidente da delegacia local do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), José Pereira das Chagas, em contato com a reportagem informou que a direção da executiva em Parintins reuniu na manhã deste domingo, 27 de março, e deliberou que os profissionais de educação do município irão participar maciçamente da paralisação total convocada pela executiva estadual do Sinteam, marcada para a terça-feira, 29 de março.
De acordo com Pereira, os diretores da entidade local entenderam que se trata de uma luta em nível estadual e de interesse de todos os trabalhadores em educação, o que vai refletir diretamente na formação dos estudantes e da própria sociedade. “Todos os municípios aderiram a mobilização e nós em Parintins vamos nos unir em uma só corrente para reivindicarmos nossos direitos”, ressaltou José Pereira.
A diretoria local do Sinteam chegou divulgar que iria reunir em assembleia geral com todos os professores e demais trabalhadores em educação da rede estadual para decidir a adesão ou não à paralisação total convocada pela executiva estadual do Sinteam, com sede em Manaus. O encontro seria na terça-feira, 29 de março, às 16h, na sede da entidade de Parintins, entretanto a executiva municipal voltou a atrás e resolveu mobilizar os professores para encamparem a luta.
Segundo a nota publicada pela entidade, na terça-feira, 29 de março, haverá a paralisação geral e um ato público a partir das 8h em frente a Seduc, na Avenida Brasil, bairro Compensa. Nas demais cidades, o protesto será realizado em frente às coordenadorias regionais da Seduc.
De acordo com delegado local do Sinteam, José Pereira das Chagas, na semana passada estava marcada uma audiência em Manaus com a participação de todos os delegados do sindicato dos 62 municípios com o governador José Melo (Pros) e com secretário da Seduc. Contudo, a chefia de gabinete do Governo do Estado desmarcou a audiência na última hora, medida que foi entendida como um desrespeito com os profissionais da educação.
Sem terem a atenção devida por parte do Governo do Estado, a executiva estadual do Sinteam deliberou pela paralisação e um ato público. O delegado sindical de Parintins, José Pereira, que esteve em Manaus para participar da audiência que não aconteceu com o governador e secretário de educação, protestou pela falta de compromisso do governador José Melo e do secretário Rossieli Soares. “Vemos que o Governo do Estado não nos atendeu, adiando a nossa audiência e isso fez com que o Sinteam tomasse novas medidas”, disse Pereira.
Reivindicação
As reivindicações dos professores acontecem em protesto ao descaso do Governo do Estado do Amazonas em não atender a lei de reajuste do piso salarial e o acordo de efetivação do plano de saúde. Eles defendem também o posicionamento contrário à entrega das escolas públicas às organizações sociais e a militarização de escolas.
No dia 15 de março os educadores sindicalizados ao Sinteam realizaram em Parintins uma paralisação das atividades em sala de aula e realizaram encontros na sede da delegacia do Sinteam. A mobilização encerrou com passeata pelas ruas da cidade.
Os professores, acompanhados de um carro de som, carregavam faixas e cartazes com frases de efeito político: “Operação respeito do professor. Eu apoio”, “Salário digno ao professor”, “Já são dois anos sem reajuste”, “Cadê os 13% de 2015 e os 11% de 2016 anunciados pelo governo”, “Reajuste é lei, faça valer esse direito”. Os educadores se concentraram na praça da igreja São Benedito e seguiram pela avenida Amazonas até a catedral de Nossa Senhora do Carmo.
Durante todo o percurso da manifestação, eram proferidas palavras de ordem e discursos de cobrança ao Governo do Estado. As reivindicações fizeram parte do dia de “Paralisação Didática nas Escolas da Seduc”, promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) e em Parintins foi coordenada pela delegacia local.
Marcondes Maciel | Repórter Parintins
