Foto: Marcondes Maciel
Notícia do dia 22/03/2016
O talento de um grupo de cientistas júnior do Centro Educacional de Tempo Integral Deputado Gláucio Gonçalves (Ceti) vai levar o nome de Parintins, do Amazonas e do Brasil para Expo Milset Internacional que acontece de 27 a 30 de maio, no México. O evento reúne estudantes de vários países que realizam projetos técnicos e científicos e tem o objetivo de motivar o intercâmbio entre alunos pesquisadores, professores orientadores e toda a sociedade de uma forma geral.
A equipe coordenada pela professora Cristiana Tavares de Oliveira e a gestora do Ceti, Francimary Bulção Macêdo, com a participação dos alunos cientistas júnior José Barbosa, Raynara da Conceição e Deisiane Morais teve o projeto “O uso de materiais recicláveis no ensino de geometria espacial” aprovado nas etapas estadual e nacional. O projeto tem como tema “O ensino da geometria e a conscientização para a preservação do meio ambiente”.
A concepção do trabalho voltado para a área de ciências exatas participou em 2014 da Feira de Ciência da Amazônia (FCA) apenas para ganhar experiência, mas acabou saindo como um dos vencedores do evento e conquistando as credenciais para a Milset Brasil desse ano, onde se destacou como um dos melhores projetos apresentados entre tantos do Brasil e da América Latina.
De acordo a gestora do Ceti, Francimary, na etapa nacional concorreram mais de 800 projetos, entre eles 115 aprovados e apenas quatro Estados foram selecionados para a disputa internacional. “Estamos na etapa nacional e internacional, e as duas equipes vão viajar em maio, pois outra turma também foi classificada para o Expo Milset Brasil 2016, com o projeto: “Minha língua, minha pátria - o ensino da língua portuguesa através da linguagem jornalística”, da professora Auxiliadora Matos”, comemora a gestora.
A gestora ressalta que o processo de aprendizagem, por meio da geometria com utilização de materiais recicláveis pelos alunos do 9° ano fundamental e ensino médio, desenvolve aulas práticas para serem aplicadas no próprio educandário. “Trabalhamos com materiais como papeis, garrafas pet, varetas e ligas de soro”, disse. Ela explicou que especificamente os alunos trabalham com o que vai para o lixo. “Nosso material são as sobras de tecidos de malharias, auxiliando o meio ambiente e trazemos para nosso laboratório para a produção de formas geométricas”, explicou a professora.
Expo Milset
A equipe ainda deve cumprir as exigências do Expo Milset Internacional que são a execução de ações que beneficiem alunos de escolas públicas do município. “Temos seis oficinas e uma delas é o teste de diagnóstico com os alunos do 5º ano que vão participar da Prova Brasil. Buscamos identificar a dificuldade da turma em relação ao objeto geométrico. Este questionário contemplou os alunos da Escola Estadual “Padre Jorge Frezzini”, disse a gestora.
Para a cientista júnior, Raynara Ribeiro da Conceição, 16 anos, o gosto pela disciplina matemática aumenta com as experiências realizadas em sala de aula com o desenvolvimento do projeto. “Há todo um contexto entre aluno interagindo com o professor, além de contribuir com o meio ambiente. Podemos notar, inclusive, a diminuição do índice de reprovação em matemática. O estudo da matemática se torna em uma forma muito prazerosa e não uma coisa chata como muitos imaginam”, afirmou.
O coordenador de matemática do Ceti, Clenilson Nascimento, destacou que o estudo da geometria, de forma lúdica com materiais recicláveis, visa desenvolver as habilidades de visualização e percepção lógica dos alunos. “É uma proposta que faz com que os alunos tenham uma aprendizagem significativa e percebam o que está em sua volta. Um conhecimento que fica para o resto da vida”, salientou.
Marcondes Maciel l Repórter Parintins
