Ativistas sociais cobram políticas públicas efetivas no Dia Internacional das Mulheres

Ativistas sociais cobram políticas públicas efetivas  no Dia Internacional das Mulheres Foto: Marcondes Maciel Notícia do dia 09/03/2016

O Dia Internacional da Mulher em Parintins também foi marcado por manifestações e protestos em defesa de políticas públicas que realmente venham a contemplar os interesses das mulheres. Na manhã de terça-feira, 08 de março, um grupo de ativistas sociais do movimento Parintins Cidadã ocupou a entrada da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres de Parintins para cobrar o efetivo funcionamento de toda estrutura naquele local que deveria ser disponibilizada para o atendimento integral das mulheres parintinenses.

 

De acordo com a coordenadora do Parintins Cidadã, a educadora Fátima Guedes, a falta de compromisso da administração municipal com as ações públicas concretas voltadas para as mulheres levou a um dos maiores descasos com o público feminino que é desativação dos atendimentos de assistência social, psicólogos e proteção contra a violência à mulher. “Estamos em frente da Secretaria das Mulheres porque é mais um espaço público pago com nosso dinheiro e que não funciona e a gente quer saber o porquê se mantem um espaço se não tem funcionamento efetivo”, protestou a professora.

 

Para a educadora popular Fátima Guedes, o resgate da memória do Dia Internacional das Mulheres não se limita a comemorar, e sim como dia internacional de luta. De acordo o ativista social a inquietação do grupo em sair nas ruas neste dia, apesar de ser um número reduzido de pessoas, é para lutar por respeito. “É um grupo de mulheres autônomas, que não dependem de ninguém, a não ser de sua autoconscientização como mulheres, como cidadãs para reivindicar os direitos de todas as cidadãs parintinenses à políticas públicas efetivas”, frisou.

 

Assembleia popular

Entre as bandeiras defendidas pelo grupo feminista está disseminar a ideia de organização das mulheres de Parintins para ocuparem de forma efetiva a coordenação da Secretaria Municipal de Políticas Públicas das Mulheres. “Nós estamos propondo para as mulheres de Parintins que se organizem, se unam para criar uma assembleia popular de mulheres para impor a coordenação, não por indicação, porque hoje as politicas públicas que estão ai para a mulheres, são indicações dos homens. Nada contra os homens, mas contra a politicagem que os homens exercem no poder”, explicou a professora.

 

Fátima Guedes ressaltou que unidas às mulheres irão fazer as mudanças necessárias e se tornarem respeitadas pelos governantes. “Então a nossa luta é fazer o diferencial, é mostrar que o Dia Internacional das Mulheres é dia de luta e não de festa”, frisou.

 

Para uma das manifestantes, a universitária Denise Soares, que integra o programa de extensão da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) “Observatório da Violência de Gênero no Amazonas”, núcleo de Parintins, as autoridades devem aprender a terem respeito para com as mulheres que a cada dia conquistam mais espaço em todos os setores. “O que nós cobramos é respeito, dignidade com as mulheres parintinenses. Os embelezamentos somente vêm para mascarar a realidade que as mulheres enfrentam todos os dias. Nós precisamos que as políticas públicas para as mulheres funcionem de fato e de direito, com profissionais qualificados que posam pensar em atendimentos para as mulheres em todos os âmbitos”, pontuou Denise.

 

Marcondes Maciel | Repórter Parintins

 

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