Carbrás abre ano letivo com demissões de professores

Carbrás abre ano letivo com demissões de professores Foto: Divulgação/PMP Notícia do dia 15/02/2016

O ano letivo na rede municipal inicia com a clara evidência de uma das fortes marcas da administração do prefeito Alexandre da Carbrás (PSD): perseguição, constrangimento e demissão de professores. Um exemplo pontual é na escola municipal Charles Garcia, onde a nova gestora do educandário Rosiane Farias, a professora Rosi, alegando estar cumprindo ordens direta do prefeito Alexandre da Carbrás, demitiu, pelo menos sete professoras que trabalhavam desde o ano passado naquela unidade escolar.

 

Represália

De acordo com as denúncias repassadas à reportagem, Rosi justificou que as professoras demitidas teriam alguma ligação com vereadores de oposição à administração municipal e parentescos indiretos com jornalistas que fizeram alguma matéria jornalística denunciando irregularidade e possíveis desvios de dinheiro do Fundeb por parte da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Por esse motivo a ordem do prefeito Alexandre da Carbrás seria colocar “no olho da rua” essas trabalhadoras da educação.

 

Conivência

Segundo a denúncia das educadoras, a gestora do Charles Garcia estaria agindo com a retaliação e perseguição à professores e outros servidores com a conivência o técnico da Semed, o professor Halisson Reny, do secretário Samarone Moura e do subsecretário Arildo Ribeiro. Halisson seria o responsável em vasculhar e até buscar de invasão da vida pessoal das educadoras nas redes sociais para buscar qualquer ligação de funcionários da educação ligados a alguma pessoa possivelmente opositora ao projeto político do prefeito Alexandre da Carbrás.

 

Feudo

O que se pode verificar é que a gerência das escolas municipais ficou ao bel prazer dos gestores, um verdadeiro feudo de cada diretora dos educandários, onde a maioria dos cargos são ocupados por indicação direta da direção e sempre em grande parte por parentes. Como o quadro de professores está fechado desde o ano passado, a única solução para abrir vagas para os familiares de direção de escolas seria demitir. O feudalismo implantado nas escolas da Semed não se diferencia do feudalismo da Idade Média, onde o direito que alguém  possui sobre um bem fica restrito a sua própria família.

 

Samarone

Em contato com a reportagem o secretário da Semed, Samarone Moura, disse desconhecer tal medida da gestora do Charles Garcia e afirmou que vai apurar as denuncias. “De nossa parte da Semed, não há nenhum tipo de perseguição política. Isso não faz parte de nossas ações”, disse Samarone. Ele assegurou que tomar conhecimento do caso e prometeu dar uma resposta, no mais curto espaço de tempo, para a reportagem.

 

O caso deve chegar ao conhecimento do Ministério Público do Estado (PME), Comarca de Parintins e ao juiz trabalhista da Vara do Trabalho de Parintins, Aldemiro Rezende Dantas Júnior.

 

 

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