A Campanha da Fraternidade 2016 na Diocese de Parintins foi aberta oficialmente na manhã de terça-feira, 9, pelo bispo diocesano dom Giuliano Frigeni, em coletiva de imprensa realizada no salão do Centro Pastoral Mãe de Deus. Este ano a campanha é ecumênica e discutirá a situação do saneamento básico em todo o país com o tema: “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema é: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. A campanha será coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do brasil (CNBB e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).
De acordo com o bispo dom Giuliano as igrejas no Brasil assumem como missão expressar em gestos e ações o mandato evangélico da unidade, além de assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas. “Temos que nos empenhar à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum”, disse o bispo.
O líder católico destacou os objetivos específicos da Campanha da Fraternidade para mostrar a preocupação com o saneamento básico no Brasil e de modo especial em Parintins. “O objetivo principal da iniciativa será chamar atenção para a questão do saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos”, frisou.
Dom Giuliano ressaltou que uma das grandes novidades desta quarta edição da campanha ecumênica é a participação da Misereor, entidade episcopal da Igreja Católica da Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina. “A colaboração acontece em vista do desejo dos organizadores em transpor as fronteiras”, justificou.
O bispo de Parintins pontuou que pela quarta vez a Campanha da Fraternidade é realizada de forma ecumênica. As outras três tiveram os seguintes temas: 2000 – Dignidade Humana e paz – Novo Milênio sem exclusões; 2005 – Solidariedade e Paz – Felizes os que promovem a Paz e 2010 – Economia e Vida – Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro.
As reflexões sobre o saneamento básico, disse dom Giuliano, demonstram que esse é um direito humano fundamental e, como todos os outros direitos, requer a união de esforços entre sociedade civil e poder público no planejamento e na prestação de serviços e de cuidados. “Por isso é uma Campanha Ecumênica, pois a questão do saneamento afeta não apenas católicos, mas todas as pessoas, independente da fé que professem”, frisou o líder católico.
Entre as principais questões abordadas pela campanha estão o abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos, o controle de meios transmissores de doenças e a drenagem de águas pluviais. “Para essas áreas temos que tomar medidas necessárias para que todas as pessoas possam ter saúde e vida dignas. Por isso, há que se ter em mente que “justiça ambiental” é parte integrante da “justiça social”, afirmou.
Por Marcondes Maciel | Repórter Parintins