Seja muito bem vindo fevereiro, o mês mais curto, neste ano um pouco maior, mas ainda assim curto. Um mês que mistura tristeza e alegria. Tristeza porque encerram-se as férias e é chegada a hora de iniciar mais ano de batalha junto a nossa criançada e alegria por que é o mês do carnaval, festa popular onde todos se divertem à sua maneira.
Confesso que não fiquei contente com a notícia que não haverá os desfiles dos blocos aqui na minha amada Parintins no evento que era chamando “Carnailha”. Uma pena, pois numa ocasião dessa, o povo não só se diverte como também aproveita pra ganhar uma renda extra.
O comercio informal é aquecido e todos saem ganhando. A administração pública entendeu dentro do preceito que administrar é escolher. Escolheu não realizar o evento porque sofreu um “duro golpe” da Justiça do Trabalho que bloqueou mais de um milhão das contas da prefeitura. Em tempo de crise política que gera a crise econômica é uma aparentemente acertada atitude.
No entanto lendo as notícias e matérias oficiais do Governo sobre o cancelamento do evento percebi uma situação delicada com a classe do magistério. O evento foi cancelado por que a prioridade é o pagamento de funcionários. Até aí tudo certo. Agora se a maior parte do recurso que foi bloqueado pela justiça era recurso do FUNDEB por que cancelar o evento? Ou a festa é feita também com recursos do Fundeb? Eu sou professor e quero o melhor para minha classe. Vejam: se a justificativa para não se ter o evento é este bloqueio, então não havendo bloqueio teria festa? E nos anos anteriores, que não houve bloqueio, por acaso a festa era realizada com recurso do FUNDEB também? Essa é a impressão que as notícias da mídia me passam. Me corrijam se estiver equivocado, mesmo assim está com a palavra o Conselho do Fundeb e a Comissão de educação da Câmara Municipal de Parintins.
Márcio Farias (Graduado em Ciências naturais-professor da rede municipal)