Indígenas de Roraima cobram da Funai diálogo com instituições de educação

Indígenas de Roraima cobram da Funai diálogo com instituições de educação Fotos: Mário Vilela/Funai Notícia do dia 21/01/2016

A situação da educação escolar indígena no estado de Roraima foi debatida em conjunto com as representações das organizações indígenas da região, Tuxauas, lideranças, professores, professoras e parceiros institucionais como a diretora de Políticas de Educação do Campo, Indígenas e Para as Relações Étnico-Raciais do Ministério da Educação, Rita Gomes do Nascimento, representantes do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, da Universidade Federal de Roraima, representantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima, do Centro de Formação de Profissionais de Educação de Roraima/CEFOR, além do Secretário de Educação do estado.

 

A agenda do presidente na região foi uma resposta à demanda do movimento indígena apresentada durante a etapa regional da I Conferência Nacional de Política Indigenista, que solicitou o apoio da Funai na promoção desse espaço de diálogo entre as comunidades indígenas e as diversas instituições que trabalham com a temática da educação, reafirmando o compromisso da instituição na missão de articular, coordenar e qualificar a política indigenista.

 

Durante as reuniões, também foram debatidas questões fundiárias, demandas de infraestrutura comunitária e relativas ao etnodesenvolvimento.

O presidente também visitou, ontem (19), a fazenda Xanadu, localizada na região do Alto São Marcos, que possui rebanho coletivo de cerca de 800 cabeças de gado oriundas de 24 comunidades. O rebanho é mantido para a promoção de atividades coletivas e políticas, como o apoio aos estudantes indígenas que se encontram na cidade e ao movimento indígena de Roraima. Na ocasião, foram discutidas estratégias para o apoio aos projetos indígenas de pecuária, e também para a diversificação produtiva e econômica das terras indígenas do estado.

 

Atualmente, os povos indígenas de Roraima estão entre os maiores produtores de carne, melancia, farinha, mandioca, café e feijão do estado, fato invisibilizado pelo preconceito histórico direcionado a essas comunidades.

 

Mônica Carneiro/ASCOM

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